FECHAMENTO

Dólar sobe e fecha em R$ 3,20 sob influência de cenário externo

O comercial, usado em transações no comércio exterior, teve queda de 0,31%, para R$ 3,191

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Publicado em 26/03/2015 às 19:00
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O comercial, usado em transações no comércio exterior, teve queda de 0,31%, para R$ 3,191 - FOTO: Foto: Oswaldo Corneti/Fotos Públicas
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O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em alta nesta quinta-feira (26), no segundo dia seguido de valorização, sob influência do cenário externo. O dólar subiu em relação a 21 de 24 moedas de países emergentes, segundo dados da agência internacional Bloomberg.

No Brasil, a moeda americana à vista, que chegou a ser cotada a R$ 3,22, terminou o dia em alta de 0,73%, cotada a R$ 3,204. Já o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, teve queda de 0,31%, para R$ 3,191.

O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, teve queda de 2,47%, para 50.579 pontos.

EXTERIOR

O conflito no Iêmen contribuiu para que investidores evitassem aplicações de maior risco, como em mercados emergentes. A Arábia Saudita e seus aliados iniciaram uma operação militar no país, que fica em uma importante área de trânsito de navios entre Europa e o Golfo Pérsico.

Nos EUA, o número de americanos que fizeram novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais que o esperado na semana passada, enquanto a atividade do setor de serviços atingiu o maior nível em seis meses em março, destacando os fundamentos sólidos da economia dos Estados Unidos a despeito da recente fraqueza do crescimento.

"Os indicadores americanos vieram melhores do que se esperava, o que acabou reforçando valorização do dólar lá fora", afirma Maurício Nakahodo, economista do Banco de Tokyo-Mitsubishi.

Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, a queda do dólar comercial em relação ao real foi uma correção. "O mercado busca um patamar de equilíbrio, sabendo que o Banco Central não vai interferir para tentar controlar a alta da moeda", ressalta.

RELATÓRIO DE INFLAÇÃO

Os investidores analisaram também o relatório de inflação do Banco Central brasileiro, com previsão de inflação acima do teto da meta neste ano e retração do PIB (Produto Interno Bruto). BC estima que o PIB vá encolher 0,5% em 2015, na sequência de uma estagnação ou retração --queda estimada de 0,1-- em 2014.

"O relatório indica que estamos próximos do fim do aperto monetário para não prejudicar ainda mais o crescimento do país, mas reforça as expectativas de um aumento do juro básico de 0,50 ponto percentual, para 13,25%, na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), em abril", diz Eduardo Velho, economista-chefe da gestora INVX Global Partners.

A avaliação é a mesma de Natalia Cotarelli, economista do BI&P. "O Banco Central está em um dilema entre elevar os juros e a atividade fraca no país. Mas como seu mandato é controlar a inflação, acreditamos em mais um aumento de 0,50 ponto percentual na reunião de abril e em nova alta de 0,25 ponto percentual no encontro seguinte", afirma.

BOLSA

As ações da Petrobras fecharam em forte baixa. Os papéis preferenciais --mais negociados e sem direito a voto-- tiveram queda de 4,98%, para R$ 9,35. As ações ordinárias --com direito a voto-- caíram 5,04%, para R$ 9,23.

O Conselho de Administração da empresa se reuniu nesta quinta-feira para avaliar uma nova metodologia que permita calcular o valor a ser subtraído, custo da corrupção, dos ativos da empresa.

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