Em fevereiro, o Governo Central – que reúne as contas Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrou déficit primário de R$ 7,4 bilhões, o que representa o pior resultado para o mês desde o início da série histórica (1997). Em fevereiro de 2014 o déficit havia ficado em R$ 3,4 bilhões, de acordo com o balanço divulgado hoje pelo Tesouro Nacional. O déficit teve como principal responsável a Previdência Social, que ficou deficitária em R$ 5,9 bilhões. Também contribuiu para o resultado, o déficit de R$ 1,5 bilhão registrado pelo Tesouro Nacional. Já o Banco Central apresentou superávit de R$ 22 milhões. Os valores constam de balanço divulado hoje (31) pelo Tesouro Nacional.
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De acordo com o balanço, houve um decréscimo de 26,8% das receitas do Governo Central entre janeiro e fevereiro, o que corresponde a uma queda de R$ 33,6 bilhões nas receitas desse período. Em janeiro de 2015, a receita estava em R$ 125,4 bilhões, e em fevereiro ela caiu para R$ 91,8 bilhões.
Já as despesas do Governo Central tiveram decréscimo de R$ 14,7 bilhões na comparação entre os dois primeiros meses de 2015. Isso representa uma queda de 26,5% – resultado obtido a partir do decréscimo de R$ 16,1 bilhões nas despesas do Tesouro e do aumento de R$ 1,3 bilhão nas despesas da Previdência Social.
Se comparado a fevereiro de 2014, esse resultado primário apresentou queda de R$ 4,2 bilhões: as receitas aumentaram R$ 4,8 bilhões (5,5%) e as despesas subiram R$ 9,3 bilhões (13,7%).
Considerando o acumulado dos dois primeiros meses, o resultado primário do Governo Central registrou queda de R$ 6,8 bilhões (68,8%) em 2015, na comparação com 2014. Naquele ano o superávit ficou em R$ 9,9 bilhões. Em 2015, caiu para R$ 3,1 bilhões.
Ainda considerando o acumulado dos dois primeiros meses do ano, as receitas aumentaram em R$ 5,1 bilhões (2,4%) na comparação entre 2014 e 2015. De acordo com o Tesouro Nacional, desse total, R$ 4,6 bilhões se devem às receitas obtidas a partir de impostos, enquanto R$ 2,7 bilhões tiveram origem em receitas de contribuições. Houve, no entanto, uma queda de R$ 3,4 bilhões nas demais receitas.
Já as despesas do Governo Central aumentaram R$ 11,8 bilhões (7,5%). Deste total, R$ 7,4 bilhões tiveram como origem as despesas da Previdência Social. Outros R$ 2,6 bilhões foram despesas de custeio e capital.