Quando comparado fevereiro de 2015 com o mesmo mês de 2014, a indústria teve queda na produção em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. Os recuos mais intensos foram registrados por Bahia (-23,2%) e Amazonas (-18,9%), pressionados por quedas dos setores de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e de equipamentos de informática e produtos eletrônicos e ópticos, respectivamente.
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Os dados são da pesquisa industrial regional, realizada pelo instituto.
De janeiro para fevereiro, a indústria produziu menos em seis dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, com destaque para as perdas no Rio de Janeiro (-7,1%) e na Bahia (-6,4%), ambas mais acentuadas do que a queda de 0,9% na média nacional. Em São Paulo, principal polo industrial do país, houve uma leve alta de 0,3%. O maior crescimento ficou com o Pará (3,4%), beneficiado pela produção de minério de ferro.
Também tiveram quedas expressivas Paraná (-15%), Rio Grande do Sul (-13,7%), Rio de Janeiro (-11,8%), Região Nordeste (-11,1%) e Minas Gerais (-10,6%).
Em São Paulo, a retração foi de 8,5%, resultado um pouco melhor do que média nacional (-9,1%). Por outro lado, Espírito Santo (25,6%) apresentou o avanço maior, impulsionado, pelo setores extrativos (minérios de ferro e petróleo).
Pesquisa industrial
O indicador comparado com 2014 mostra um retrato mais fiel da indústria, que sofre com a fraca confiança de empresários e consumidores diante de juros altos, inflação pressionada, crédito mais restrito e caro e piora do mercado de trabalho. Em fevereiro, houve ainda o efeito de o mês ter, neste ano, dois dias úteis a menos, situação, porém, que não inverteria a tendência de quedas significativas, segundo o IBGE.
Esses fatores postergam decisões de consumo e investimento e devem levar, segundo analistas, a indústria a uma nova retração neste ano.
No acumulado em 12 meses, 11 dos 15 locais pesquisados registraram queda --na média, a perda foi de 4,5%, resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010. Regionalmente, os destaques negativos ficaram com Amazonas (8,6%), Paraná (8,3%) e Bahia (4,9%). Com alta de 10%, o Espírito Santo mostrou o maior avanço.
Nas comparações com 2014, existem dados para 15 regiões, incluindo o Mato Grosso. O números para o Estado não são divulgados na taxa mês contra o mês anterior porque a série histórica é curta e não permite o ajuste sazonal, método para minimizar os efeitos típicos de cada mês do ano.