Crise

Lagarde, do FMI, cita Brasil como exemplo negativo entre emergentes

Na última terça (14), o FMI afirmou, em relatório, que PIB mundial terá 3,5% de alta neste ano, um crescimento "moderado e desigual"

Da Folhapress
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Publicado em 16/04/2015 às 16:41
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Na última terça (14), o FMI afirmou, em relatório, que PIB mundial terá 3,5% de alta neste ano, um crescimento "moderado e desigual" - FOTO: Foto: PUNIT PARANJPE / AFP
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A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, afirmou nesta quinta-feira (16) que as economias emergentes não estão indo tão bem quanto a instituição previa, citando o Brasil como exemplo negativo no grupo.

"Nem todo mundo está indo mal, alguns países estão desacelerando mais que outros. O Brasil, por exemplo, está estagnado. E a previsão é levemente negativa neste ano", afirmou em entrevista durante entrevista em encontro do FMI em Washington.

Ela afirmou, no entanto, que o país está tentando reverter o quadro, por meio de "uma combinação de política fiscal séria com a ancoragem de expectativas de médio prazo."

"O que vemos como resultado nas nossas previsões é um crescimento negativo neste ano, tornando-se positivo no ano que vem, enquanto políticas fiscais confiáveis, que operem como âncora no médio prazo, forem adotadas adequadamente."

ECONOMIA GLOBAL

Na última terça (14), o FMI afirmou, em relatório, que PIB mundial terá 3,5% de alta neste ano, um crescimento "moderado e desigual".

Emergentes e países em desenvolvimento ainda representam 70% do crescimento econômico do mundo, mas estão crescendo menos que o previsto, com destaque para "atividade mais fraca" em países como Brasil e Rússia, diz o relatório.

Na sexta (10), o FMI já havia divulgado que o PIB brasileiro em 2015 deve ter uma queda de 1% e se recuperar em 2016 com alta de 1%. O Brasil será responsável pelo menor crescimento da América Latina (de 0,9% para a região neste ano), prejudicada pela queda no preço das commodities.

A seca brasileira foi incluída como uma das razões do baixo crescimento, junto com o ajuste fiscal, confiança baixa do empresariado, relacionada "às investigações da Petrobras".

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