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Postos fazem promoções para aumentar a venda da gasolina

A queda no movimento e a necessidade de estimular a concorrência, levaram os proprietários dos postos de gasolina a criar promoções e diminuir o preço do produto

Da editoria de economia
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Publicado em 17/04/2015 às 17:30
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A queda no movimento e a necessidade de estimular a concorrência, levaram os proprietários dos postos de gasolina a criar promoções e diminuir o preço do produto - FOTO: Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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A redução no preço da gasolina praticada em alguns postos surpreendeu os motoristas recifenses. Depois da alta no valor dos combustíveis, o que causou uma queda no movimento, os proprietários dos estabelecimentos no Recife estão promovendo promoções para atrair os consumidores e estimular a concorrência.

O resultado desse cenário é uma redução média de até R$ 0,20 no valor do produto. Agora, a gasolina que já chegou a custar em média R$ 3,29 após o último reajuste, hoje pode ser encontrada até pelo valor de R$ 2,96, e quem agradece é o consumidor. "Antes abastecia pagando R$ 3,30, agora aqui vou pagar R$ 2,96. Então, aproveito logo pra completar porque a gente tem que aproveitar essa oportunidade boa, que não é todo dia que acontece", afirma o técnico em mecânica Alan da Silva.

A frentista do Posto Sejal Antônia Lourenço trabalha na área há 22 anos e afirma que, neste ano, as promoções estão mais frequentes e com descontos maiores. "Depois das promoções, o fluxo de motoristas aqui sempre aumenta bastante, os clientes comentam que o preço está bom e normalmente enchem o tanque e sempre voltam.  Os consumidores gostam de preço bom, então, baixou, a procura já cresce, porque qualquer redução já é significativa e influencia no valor final. As promoções sempre são feitas, mas neste ano a duração e o desconto foram maiores", conta a frentista Antônia Lourenço, que trabalha na área há 22 anos.

As distribuidoras importaram muito produto e ficaram com estoques altos. Além disso, há também a questão da crise, a disputa de mercado e o fato dos meses de março e abril serem tradicionalmente ruins para o setor.

Alfredo Ramos, presidente do Sindicombustíveis



Já o empresário Rubem de Brito afirma que sentiu o favorecimento das reduções duplamente, já que, além de motorista, é proprietário de uma transportadora, negócio que sentiu o peso das majorações que ocorrem este ano. "Essa revisão de preços é muito boa para consumidor, e já devia ter sido feita há muito tempo. Tenho uma transportadora e o preço do combustível interfere muito no meu negócio. Os fretes estão muito defasados e estamos tendo prejuízos. A gasolina ficando mais barata, podemos até segurar os preços, e isso é bom pra todo mundo", conta.

Para não perder os descontos, muitos motoristas enfrentam filas e até vão a postos mais distantes em busca do menor preço. "Dia desses vi um posto promovendo uma promoção que criou uma fila gigantesca. Já vi estabelecimento cobrando até R$ 3,50, o que inviabilizava totalmente um carro. Agora, com essas promoções, dez centavos que diminui no preço já é a salvação", conta o auxiliar de engenharia Márcio de Lima.

No entanto, o motorista que deseja aproveitar as promoções para encher o tanque deve se apressar para abastecer. Tendo em vista que os valores são promocionais, os preços podem voltar a subir a qualquer momento.

"O preço que está sendo praticado atualmente é momentâneo e a qualquer momento pode subir. Por isso a gente recomenda que o motorista aproveite a onda de promoções e encha o tanque antes que os valores voltem ao normal. Aqui a promoção fez com que a venda diária da gasolina aumentasse três mil litros", esclarece o gerente de pista do Posto Sejal, Vanildo Sotero.    

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis), Alfredo Ramos, além de fatores como a retração do mercado e a concorrência, outras questões também contribuíram para o surgimento das promoções. "As distribuidoras importaram muito produto e ficaram com estoques altos. Além disso, há também a questão da crise, a disputa de mercado e o fato dos meses de março e abril serem tradicionalmente ruins para o setor", conclui Ramos.

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