O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 8,22% em 12 meses, o maior nível desde o período terminado em janeiro de 2004, quando houve alta de 8,46%.
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O resultado foi influenciado pelo aumento de preços da energia elétrica.
O número superou o centro das estimativas (mediana) de economistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, de alta de 8,17% para o período.
Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (17).
Quando considerado apenas o mês de abril, o índice de inflação teve alta de 1,07%, uma desaceleração em relação a março, quando o aumento foi de 1,24%.
O valor apresentado agora é o maior para um mês de abril desde 2003 e também superou o centro das estimativas de economistas ouvidos pela Bloomberg, de alta de 1,02%.
Em abril de 2014, a alta foi de 0,78%.
HABITAÇÃO TEM MAIOR ALTA, PUXADA POR ENERGIA
Dentre nove grupos de serviços pesquisados, habitação teve a maior alta de preços, de 3,66% -em março, a alta havia sido de 2,78%.
Com isso, o setor foi o que mais influenciou a inflação geral. Da alta de 1,07%, 0,55 ponto percentual vem do aumento do custo de habitação, aponta o IBGE.
Esse custo é puxado pelo aumento de preço da energia elétrica, de 13,02% em razão de ajustes que entraram em vigorar em 2 de março.
ALIMENTAÇÃO SOBE
Em segundo lugar, fica o setor alimentação e bebidas, que teve alta de 1,04%, uma desaceleração em relação ao resultado de março, quando houve alta de 1,22%.
O setor de vestuário teve alta de 0,94% em abril; o setor de despesas pessoais, de 0,57%; transportes subiram 0,33% em abril; educação teve alta de 0,14%; saúde e cuidados pessoais, de 0,44%; e artigos de residência, alta de 0,68%.
O único setor que teve queda foi o de comunicação, com baixa de 0,03% dos preços. O impacto percentual sobre a inflação geral, no entanto, é de apenas -0,01%.