Pelo segundo mês consecutivo, o preço da cesta básica subiu em 17 das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a pesquisa, divulgada nesta terça (9), as maiores elevações em maio foram registradas nas cidades do Nordeste: Salvador (10,69%), Fortaleza (8,89%) e Recife (7,73%). O único decréscimo foi registrado em Aracaju (-1,58%).
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Em maio, o maior custo da cesta foi registrado em São Paulo (R$ 402,05), seguido do Rio de Janeiro (R$ 395,23), Florianópolis (R$ 394,29) e Vitória (R$ 387,92). Os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 277,16), João Pessoa (R$ 303,80) e Natal (R$ 312,41).
Os produtos com maiores altas de preços foram tomate, pão francês, carne bovina, leite e óleo de soja, enquanto o feijão apresentou retração de valor na maioria das capitais.
O preço do tomate aumentou em 18 cidades, com taxas que oscilaram entre 3,02% (em Aracaju) e 63,94% (em Florianópolis). Houve elevação do preço do pão francês em 16 capitais, estabilidade em Aracaju e redução em Goiânia (-0,83%). Os aumentos oscilaram entre 0,12% (em João Pessoa) e 3,67% (em Curitiba).
A carne bovina aumentou em 16 cidades, no mês de maio, com taxas que oscilaram entre 0,41% (em Vitória) e 8,09% (em Fortaleza). Os recuos foram anotados em Aracaju (-2,83%) e Vitória (-0,95%). O preço do leite aumentou na maioria das cidades pesquisadas. Houve redução em três capitais: Manaus (-1,33%), Belém (-0,65%) e Recife (-0,63%). As altas variaram entre 0,32% (no Rio de Janeiro) e 5,02% (em Brasília).
O óleo de soja ficou mais caro em 12 cidades. As maiores altas foram verificadas em Natal (4,12%), Florianópolis (3,96%), Belo Horizonte (3,30%) e Goiânia (2,33%). As maiores retrações ocorreram em Aracaju (-9,38%) e Rio de Janeiro (-3,30%).
O preço do feijão diminuiu em todas as capitais pesquisadas, exceto Belém. Tanto o tipo preto (pesquisado nas cidades do Sul, no Rio de Janeiro, em Vitória e Brasília) quanto o carioquinha (pesquisado no Norte, Nordeste, em Campo Grande, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte) mostraram reduções que variaram entre -8,43% (em Florianópolis) e -1,14% (em Manaus).
Segundo o Dieese, em maio de 2015, o valor necessário para arcar com as despesas de uma família era R$ 3.377,62 – 4,29 vezes o salário mínimo em vigor, de R$ 788.
Nos últimos 12 meses (junho de 2014 a maio de 2015), as 18 capitais acumularam altas da cesta básica que variaram de 3,12% (em Belo Horizonte) e 5,07% (em Porto Alegre) a 25,41% (em Salvador). Também foram registradas fortes altas acumuladas em Goiânia (16,94%) e Aracaju (14,66%).