Economia

Levy destaca que investimentos criam expectativa de choque de produtividade

Ministro da Fazenda destacou que o programa prevê uma nova estrutura de financiamento de longo prazo, incluindo o apoio do BNDES

Da ABr
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Publicado em 09/06/2015 às 13:49
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
Ministro da Fazenda destacou que o programa prevê uma nova estrutura de financiamento de longo prazo, incluindo o apoio do BNDES - FOTO: Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, durante o lançamento do novo Programa de Investimentos em Logística, que novos investimentos poderão ser incluídos nas estratégias do governo para retomar o crescimento do país. Ele destacou que a iniciativa ajuda o setor produtivo a ter expectativas de investimentos e um choque “positivo na produtividade”.

“Temos uma carteira forte [de investimentos] olhando 20 anos à frente. Vem de manifestação clara de interesse e demanda do setor privado, mas rapidamente trazem retorno e são reflexos muito significativos. Há uma demanda para melhores estradas e pelo crescimento dos aeroportos. Todos esses investimentos têm uma grande demanda. Os governadores dizem que é preciso para melhorar o setor regional”, enfatizou.

Levy destacou que o programa prevê uma nova estrutura de financiamento de longo prazo, incluindo o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ministro da Fazenda, no entanto, deixou claro que o banco, como instituição dinâmica, irá se adaptar e se modernizar para financiar o setor produtivo. “ A instituição está focada nesse papel de parceria e atuação com o setor privado. Em criar essa arquitetura com o setor privado e com o mercado nacional e internacional. Rodovia, por exemplo, é um estímulo para o mercado de capitais com a emissão de debêntures”, defendeu.

No programa, o BNDES continuará a ter papel relevante no financiamento da expansão de infraestrutura. A participação dos bancos e do mercado de capitais será ampliada, com a emissão de debêntures de infraestura para maior acesso ao financiamento público com Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Os operadores deverão aportar capital próprio, com o desenvolvimento de mecanismo de gestão e mitigação de riscos.

Ele ressaltou que a partir de agora o investidor tem que entrar com o seu próprio capital ou usar os investimentos tradicionais. Nesse aspecto, ele citou o setor de rodovias. Levy disse que a experiência mostrou que nas concessões no setor de transportes, com a emissão de debêntures, não houve estresse dos investidores. “O novo mercado está preparado para isso. Esse mecanismo, no caso do investimento tradicional, estará o crédito com a Taxa de Juros de Longo Prazo, mas vamos aplicar estratégia de trazer novas fontes de financiamento para novos projetos”.

No caso dos portos, Joaquim Levy disse que se não houver acesso ao mercado de capitais, o BNDES estará presente. Já os aeroportos, lembrou que a taxa de retorno tem sido bastante significativa, com a emissão também de debêntures, com sucesso no mercado doméstico, mas com interesse do mercado internacional, que tem aumentado.

Para as ferrovias, Levy disse que cada “caso é um caso” e que deverá ser avaliado individualmente e dependerá da natureza do negócio.

“A nossa estratégia é muita clara, com uma carteira específica para cada setor. Estamos desenvolvendo mecanismos claros de risco para o investidor. Boa parte da redução passa pela redução do risco regulatório. Vamos continuar trabalhando para que o risco total do projeto se reduza. É fundamental que tenhamos mais estabilidade macroeconômica e microeconômica para que se permita que os investidores se sintam seguros”, afirmou Joaquim Levy.

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