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Sindicato diz que HSBC descarta demissão em massa no Brasil

A instituição informou que não comentaria o resultado do encontro com o grupo de sindicalistas

Da Folhapress
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Publicado em 10/06/2015 às 22:15
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O banco britânico HSBC descartou que fará demissões em massa em seu processo de venda no Brasil, segundo informou a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).

A instituição financeira informou que não comentaria o resultado do encontro com o grupo de sindicalistas que ocorreu nesta quarta-feira (10) em São Paulo.

"Os diretores de recursos humanos e relações sindicais afirmaram que não há intenção de fazer demissões em massa para entregar o banco enxuto ao seu novo dono e disseram que até hoje [quarta] não se sabe ainda quem será o comprador", disse Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Bradesco, Itaú e Santander são os três bancos que fizeram propostas iniciais pelo HSBC no país. O banco britânico anunciou na terça-feira (9) uma reestruturação global de suas atividades e espera levantar US$ 17 bilhões com a venda de suas unidades brasileira e turca.

O plano, detalhado durante um evento com investidores, tem como objetivo recuperar a rentabilidade e superar as perdas ocasionadas pelo escândalo conhecido como Swissleaks, em que a instituição é acusada de ajudar clientes de alta renda a sonegar imposto e a ocultar recursos depositados na Suíça.

No ano passado, o HSBC Brasil teve prejuízo de R$ 549 milhões.

"Eles nos explicaram que houve muito mal entendido na divulgação das informações na Inglaterra, quando foi dito que o banco queria eliminar 50 mil posições no mundo. A situação dos cerca de 21 mil funcionários do HSBC no Brasil nos preocupa", disse o sindicalista.

Segundo ele, reuniões a cada 15 dias estão programadas entre a direção do banco e representantes da comissão que reúne funcionários do HSBC, além de dirigentes de São Paulo e do Paraná para que os sindicatos possam acompanhar o processo da venda.

"É preciso ter uma definição de quem será o comprador para que possamos ter noção do impacto do negócio. Sabemos que será um negócio demorado, que deve passar por aprovação do Banco Central. Mas defendemos um acordo para manutenção do nível de emprego", disse o presidente da Contraf-CUT.

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