A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta segunda-feira (22) boletim de comercialização de hortigranjeiros e frutas nas centrais de Abastecimento (Ceasas) de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Vitória e do Rio de Janeiro, bem como nos principais entrepostos regionais do país. Com base na variação de preços dessas praças, destaca que houve aumento considerável nos preços do tomate e da cebola, nas últimas semanas, mas a entrada das safras de cebola do Vale do São Francisco e do tomate, safra da seca, vêm diminuindo a pressão de alta, e a tendência é de queda dos preços.
A Conab ressalta que as frutas mais comercializadas nas principais Ceasas também apresentam tendência de queda nos preços. Contribuem para isso a grande oferta de banana nanica e os valores em baixa da laranja e do mamão. Em contrapartida, a comercialização das hortaliças não tem comportamento uniforme.
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Segundo o gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Newton Araújo Silva Júnior, algumas hortaliças tiveram redução de oferta no mercado, com consequente aumento de preços. O tomate, por exemplo, sofreu com a crise hídrica desde o inicio do ano, atrasou e diminuiu o plantio, e a qualidade do produto caiu. A cebola também sofreu com os efeitos climáticos, e atrasou a produção, principalmente na região de São Gotardo e Uberaba, em Minas Gerais, e não teve a qualidade esperada, além de perda significativa em Santa Catarina, disse ele.
De acordo com a Conab, o preço médio da batata, que apresentava forte tendência de queda, se recuperou nos mercados de Minas Gerais, Espirito Santo e Rio de Janeiro. O aumento localizado de preços pode ser explicado pela falta temporária na oferta, causado pelo encerramento da safra das águas, em maio, e o pico de produtividade da safra das secas, esperado para este mês quando mais da metade da safra deverá ser colhida.
A alface também apresentou queda de preços em todas as centrais de abastecimento pesquisadas, com o preço chegando a cair 58% na Ceagesp-ETSP. Já o preço médio da cenoura, continua apresentando elevação em quase todos os principais mercados atacadistas do país, devido ao cenário de baixa oferta.