Conforme antecipado pela Folha de S.Paulo, Brasil e Argentina assinaram finalmente quinta (25) a prorrogação do acordo automotivo, que estabelece as regras para que veículos sejam vendidos nos dois países sem pagar tarifas de importação.
O atual entendimento foi renovado por mais um ano e começa a valer no próximo dia 1º de julho. Os países decidiram estender as condições em vigor para voltar a negociar após as eleições presidenciais na Argentina, que ocorrem em outubro deste ano.
Foram mantidas as chamadas cotas flex, que permitem ao Brasil vender sem pagar imposto o equivalente a US$ 1,5 para a Argentina em troca de cada US$ 1 que compra do principal sócio do Mercosul.
Para tanto, os veículos têm que ter, pelo menos, 60% das peças fabricadas nos países do bloco.
Ficou para o ano que vem a discussão do pedido argentino de aumentar a inserção de peças fabricadas no país no mercado brasileiro. A Argentina quer que as partes fabricadas nos demais países do Mercosul tenham o mesmo tratamento das nacionais no Inovar Auto -programa brasileiro que exige conteúdo local de fabricantes em troca de isenções no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Mas o governo brasileiro argumentou que o Inovar Auto vence em 2017 e não se dispôs a negociar um horizonte mais longo.
NO URUGUAI
O acordo entre Argentina e Brasil demorou a ser assinado -o atual entendimento vencia na próxima semana.
A Folha de S.Paulo apurou que somente na noite desta quarta (24) a Argentina deu o sinal verde para a prorrogação e, na tarde desta quinta (25), representantes diplomáticos dos dois países na Aladi (Associação Latinoamericana de Integração) firmaram o documento, na sede do organismo, em Montevidéu.
Uma cópia do acordo segue nesta sexta (26) para Brasília e para Buenos Aires, para a assinatura dos ministros de relações exteriores e de indústria e pelas duas presidentes da República.