Gastos

Levy diz que ajuste fiscal continua, mesmo se meta de superávit for reduzida

Ele ressaltou que uma eventual redução da meta de superávit primário não representa o fim do ajuste

Da ABr
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Publicado em 21/07/2015 às 17:01
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
Ele ressaltou que uma eventual redução da meta de superávit primário não representa o fim do ajuste - FOTO: Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta terça-feira (21) que o governo “tomará todas as medidas necessárias para fazer um ajuste [fiscal] com vigor e realismo”. Ele ressaltou que uma eventual redução da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) para este ano, fixada em 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) não representa o fim do ajuste.

Segundo ele, "o governo tem plena consciência que mudar a meta não significa o fim do ajuste. Vai continuar fazendo ajuste”. As declarações de Levy acontecem na véspera da divulgação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas. Elaborado a cada dois meses, o documento traz reestimativas de arrecadação, metas e projeções sobre o comportamento da economia. Caso haja redução da meta de superávit primário, deve ser informada no relatório.

Levy sinalizou, ainda, não descartar medidas de contingenciamento, além das já anunciadas pelo governo. "O relatório [de receitas e despesas] vai refletir a realidade. Tem que fazer um trabalhinho de contingenciamento. Talvez tenha que cortar um pouquinho de despesa", declarou. Em maio, o governo já anunciou contingenciamento de R$ 69,9 bilhões.

Este ano, o governo realiza corte de gastos para conseguir fazer superávit e recuperar a confiança na economia brasileira. No entanto, tem havido dificuldades no ajuste, em função da arrecadação menor que a esperada. Além disso, algumas medidas para reduzir os gastos e aumentar a arrecadação ainda dependem de aprovação do Congresso Nacional. No ano passado, o país fechou suas contas com déficit primário de R$ 32,53 bilhões no setor público consolidado.

Questionado se o atual cenário de turbulência no Congresso Nacional poderia afetar a economia real, o ministro da Fazenda destacou que “o importante é, em todos os segmentos da vida nacional, a gente ter menos incertezas”. Na última semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciou rompimento com o governo.

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