O saldo negativo das transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo, ficou em US$ 2,547 bilhões, em junho, e acumulou US$ 38,282 bilhões, no primeiro semestre do ano, informou o Banco Central.
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No mês passado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo, com US$ 3,432 bilhões de déficit. Na conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) o saldo negativo ficou em US$ 3,744 bilhões.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo, de US$ 231 milhões, assim como a balança comercial (exportações e importações), US$ 4,398 bilhões.
Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.
Em junho, o IDP chegou a US$ 5,397 bilhões, acumulando US$ 30,918 bilhões, nos seis meses do ano. O investimento em ações negociadas no Brasil e no exterior chegou a US$ 791 milhões, no mês passado, e a US$ 10,810 bilhões, no primeiro semestre. Para o investimento em títulos negociados no país, houve mais saída de investimentos do que entrada, com saldo negativo de US$ 242 milhões, no mês. No primeiro semestre, o saldo ficou positivo em US$ 21 bilhões.