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Michel Temer atua como espécie de primeiro-ministro, diz Economist

De acordo com a reportagem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encontra-se mais com Temer que com a presidente Dilma Rousseff

Do JC Online
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Publicado em 23/07/2015 às 20:30
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De acordo com a reportagem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encontra-se mais com Temer que com a presidente Dilma Rousseff - FOTO: Foto: Anderson Riedel
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Em reportagem que será publicada em sua edição impressa das Américas no sábado (25), a revista britânica Economist descreve a atuação do vice-presidente Michel Temer (PMDB) diante da crise vivida pelo país como a de uma espécie de primeiro-ministro.

O texto, que já pode ser lido no site da publicação, aborda as dificuldades que Dilma tem com o PMDB, o fortalecimento do aliado no comando do governo e a declaração do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que agora é oposição.

De acordo com a reportagem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encontra-se mais com Temer que com a presidente Dilma Rousseff.

A revista diz que, embora indispensável à coalizão de Dilma, o PMDB tem sido um aliado briguento.

"Rousseff enfrenta uma economia fraca, inflação em alta e um grande escândalo de propina na Petrobras", explica a reportagem. "O PMDB tem a torturado ao enfraquecer a austeridade fiscal, base de sua política econômica, e ao ameaçar impeachment junto com os partidos de oposição", completa o texto.

Ao comentar a saída de Cunha da base aliada, a Economist apresenta o PMDB como uma sigla que não possui identidade política e não lança candidato a presidente desde 1994. "Os vencedores das eleições se voltam ao PMDB por apoio, mas não por orientação acerca de como governar", explica.

Ao descrever o partido -que teve sua origem no MDB, única sigla de oposição permitido durante a ditadura militar- a Economist afirma que os filiados mais radicais se foram, deixando uma legenda de moderados e de ideologia flexível.

"Seu programa transborda com chavões, sua única posição firme é contra a pena de morte", diz o texto. "É mais favorável a corporações que ao mercado, frequentemente defendendo benefícios de regiões e indústrias específicas. Críticos o acusam de fisiologismo, a troca de apoio político por cargos no governo."

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