O dólar à vista no balcão abriu a sexta-feira (18) em alta, puxado pela demanda defensiva dos investidores em meio às incertezas no cenário doméstico e quanto aos rumos da economia global após o Federal Reserve manter os juros nos Estados Unidos na quinta-feira (17), e sinalizar preocupação com a fraqueza econômica mundial. Já no mercado futuro, a moeda caía em meio a ajustes, uma vez que subiu mais que a negociada à vista na véspera. No mercado internacional, o viés também era de baixa.
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Às 9h41, a moeda negociada no balcão subia 0,57%, a R$ 3,8840. A moeda para outubro recuava 0,48%, a R$ 3,8995.
Internamente, o mercado avaliará os dados de arrecadação federal em agosto, que devem realimentar as dúvidas sobre o cumprimento das metas fiscais do governo. A falta de apoio no Congresso pela aprovação das medidas anunciadas na última segunda-feira, 14, continua pesando no humor dos investidores e eles monitoram ainda os desdobramentos de movimentações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, além da liberação, por parte da ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral, para que prossiga o julgamento de uma das ações que pedem a cassação de mandato da presidente.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pedido a Dilma que faça uma reforma ministerial mais ampla, para garantir sustentação política no Congresso e evitar o processo de impedimento.
No exterior, o dólar caía em relação às principais rivais e maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities. "Minha visão é a de que o comunicado do Fed foi 'dovish' (suave), diminuindo as chances de um aumento de juros no curto prazo", afirmaram analistas do Goldman Sachs Asset Management em nota a clientes.
Às 9h52, o dólar recuava a 119,45 ienes, de 119,97 ienes no fim da tarde de quinta-feira. O euro avançava a US$ 1,1417, de US$ 1,1438 no fim da tarde de ontem. Ante o dólar australiano, cedia 1,34%; e ante o peso mexicano, 0,78%.