A confiança do consumidor recuou 5,3% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira (24), a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 76,3 pontos, renovando a mínima histórica da série, iniciada em setembro de 2005. Em agosto, o indicador havia cedido 1,7% contra julho.
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"A queda do ICC em setembro decorre da deterioração dos fatores que vêm determinando a piora das expectativas ao longo dos últimos 12 meses: enfraquecimento da atividade econômica, com reflexo crescente no mercado de trabalho, aceleração da inflação e aumento da incerteza. Para mudar esse cenário será necessária uma sucessão de boas notícias no front econômico e da atenuação das tensões no ambiente político", avalia a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, em nota oficial.
O resultado de setembro foi influenciado tanto pela percepção sobre o momento atual quanto pela perspectiva em relação ao futuro. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 6,0% ante agosto, ao passar de 71,4 pontos para 67,1 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 5,4% no período, de 86,7 pontos para 81 1 pontos, principalmente devido ao menor apetite para compra de bens duráveis. Ambos os indicadores estão em mínimas históricas.
Na comparação de setembro ante igual mês de 2014, sem ajuste, o ICC recuou 25,9%. O índice, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), está desde novembro do ano passado abaixo dos 100 pontos, zona considerada desfavorável. Já a média histórica, que considera os últimos cinco anos, está em 110,2 pontos.
Segundo a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 01 e 21 deste mês.