O Banco Central volta a assistir a uma reversão das expectativas para o longo prazo, cada vez mais distantes da meta de 4,50% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para até 2017. De acordo com a abertura do Relatório de Mercado Focus, a mediana das projeções do mercado financeiro para 2017 sofreu mais um forte baque esta semana, passando de 4,74% do levantamento anterior para 4,90% agora.
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Além disso, pela primeira vez desde junho, o mercado não crava mais uma inflação de 4,50% para 2018. Espera agora, uma taxa de 4,53%. A diferença é pequena, mas emblemática, pois mostra que a deterioração das estimativas também tem se alongado. Para 2019, no entanto, a projeção segue em 4,50% - a mesma desde maio deste ano.
Desde o final de janeiro, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e sua equipe vêm destacando a redução contínua das expectativas do mercado para a inflação futura. O movimento, de acordo com análise do diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Crise, Tony Volpon, ocorria "de trás para frente", o que não é mais visto.