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Déficit do governo federal soma R$ 14 bilhões até agosto

Os dados se referem ao resultado primário do governo central (que inclui os números do Tesouro, Banco Central e INSS)

Da Folhapress
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Publicado em 29/09/2015 às 15:30
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Os dados se referem ao resultado primário do governo central (que inclui os números do Tesouro, Banco Central e INSS) - FOTO: Foto: Marcos Santos / USP Imagens
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Os gastos do governo federal superaram as seus receitas em R$ 5,08 bilhões em agosto, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (29) pelo Tesouro Nacional.

Os dados se referem ao resultado primário do governo central (que inclui os números do Tesouro, Banco Central e INSS). O número é a diferença entre receitas e despesas não financeiras, economia feita para reduzir a dívida pública.

O resultado de agosto apresentou melhora em relação ao verificado no mesmo período de 2014, quando o déficit somou R$ 10,5 bilhões. No acumulado do ano, no entanto, o resultado passou de positivo em R$ 4,7 bilhões no passado para negativo em R$ 14 bilhões neste ano.

Em termos reais (descontada a inflação), as receitas caíram 4,8% no ano, enquanto as despesas tiveram queda de 2,1%. O superávit do Tesouro caiu 25%. No mesmo período, o déficit da Previdência cresceu 21%.

META

A meta do governo é economizar R$ 5,8 bilhões em 2015. Também se espera um superávit adicional de R$ 2,9 bilhões de Estados e municípios, o que totalizará R$ 8,7 bilhões (0,15% do PIB).

Na semana passada, o Banco Central afirmou que a alta recente do dólar está relacionada, principalmente, à decisão do governo de reduzir as metas de economia do setor público para 2015 e 2016.

Disse ainda que não será possível reduzir a inflação em 12 meses de quase 10% para 4,5% no fim de 2016 sem que haja uma "ancoragem" das expectativas do mercado na área fiscal.

A piora nas contas públicas e as dúvidas sobre a capacidade do governo de economizar o suficiente para conter o crescimento da sua dívida contribuíram para o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência S&P, no início de setembro.

A meta de superavit de 2015 foi revista de 1% para 0,15% do PIB. A de 2016, de 2% para 0,7%.

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