Bancários de instituições públicas e privadas iniciam hoje (6) uma paralisação por tempo indeterminado. Na região Metropolitana do Recife (RMR), a adesão será feita de forma gradual, segundo o Sindicato dos Bancários de Pernambuco.
A categoria afirma que os serviços de autoatendimento serão mantidos. No entanto, quem foi às agências na manhã de hoje encontrou portas fechadas ou filas extensas. O biológo Carlos Falcão conta que foi pego de surpresa pelo fechamento total de uma agência no Bairro da Encruzilhada. "Li que o atendimento através dos caixas seria mantido, mas cheguei aqui e está tudo no cadeado. Isso é um absurdo, uma falta de compromisso muito grande com o cidadão", diz ele.
Os bancários pedem um reajuste salarial de 16% - reposição da inflação mais 5,7% de aumento real - , participação no lucros equivalente a três salários mais R$ 7.246,82, vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. Além disso, a categoria pede também o pagamento para graduação e pós, contratações e melhorias nas condições de trabalho e segurança.
De acordo com o Sindicato, todas as agências de Boa Viagem, Piedade, Prazeres, Ipojuca e Cabo já estão em greve. Já as demais irão aderir à paralisação no decorrer das negociações. A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) ofereceu um aumento de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23, rejeitado em assembleia.
"Um setor que fatura muitos bilhões por ano oferecer um reajuste como esse é algo totalmente indecente. Os bancos dão com uma mão e tomam com a outra. Infelizmente, diante das circunstâncias, essa greve vai ser longa", diz o bancário João Rufino.
