As condições econômicas e políticas no Brasil devem apresentar melhora até meados de 2016 para que o país evite novo rebaixamento da sua nota de crédito, afirmou nesta terça-feira (6) Mauro Leos, vice-presidente e analista sênior da agência de classificação de risco Moody's.
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"Somos realistas sobre as condições que podemos esperar para este e o próximo ano. Ao mesmo tempo, esperamos que, pouco a pouco, as coisas comecem a se ajustar e, a partir do meio de 2016, as coisas fiquem um pouco melhores", afirmou Leos a jornalistas, em São Paulo.
A classificação de risco do Brasil foi rebaixada pela agência Standard & Poor's em setembro, jogando o país no grau especulativo, que reúne países menos confiáveis.
Na Moody's, o Brasil ainda tem o grau de investimento, mas está a um passo de perdê-lo. A perspectiva, contudo, é estável, indicando que a revisão da nota não é iminente.
Segundo o analista, as chances de a agência revisar a nota do Brasil ainda em 2015 são baixas. "Estamos em outubro, só há 90 dias para o final do ano. Algo completamente inesperado teria de acontecer para que mudássemos nossa visão [em 2015]."
Leos ressalta que, em casos de classificações com perspectiva negativa ou positiva, a Moody's costuma reavaliar a nota em um prazo de 12 a 18 meses. "Quando a perspectiva é estável, não há data definida. No caso do Brasil, a reavaliação vai acontecer se acharmos que temos elementos para avaliar como estará o cenário após 2016", disse.
Para o analista, se a análise fosse feita agora, a agência correria o risco de ser muito pessimista.