A Bovespa oscilou entre altas e baixas durante boa parte desta sexta-feira (9) em sintonia com Nova York. Investidores até ensaiaram uma realização de lucros no Brasil à tarde, vendendo ações, mas, como os índices em Wall Street se fortaleceram, o Ibovespa ainda conseguiu terminar em alta de 0,47%, aos 49.338,41 pontos. Foi o nono avanço consecutivo, com a bolsa acumulando +12,24% no período.
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Na mínima do dia, a bolsa chegou a marcar 48.698 pontos (-0,83%) e, na máxima, atingiu 49.752 pontos (+1,31%). O giro financeiro somou R$ 7,769 bilhões. Em Nova York, o Dow Jones avançou 0,20%, aos 17.084,49 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,07%, aos 2.014,89 pontos, e o Nasdaq subiu 0,41%, aos 4.830,47 pontos.
Durante o dia, as mesas de renda variável repercutiam ainda a divulgação de ontem da ata do último encontro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Em linhas gerais, a percepção foi de que a instituição tende a elevar juros apenas mais à frente, provavelmente em 2016, o que tira pressão do mercado de ações.
Hoje, dirigentes da instituição voltaram a comentar publicamente a questão. Mais uma vez, não ficou claro, pelos discursos, qual será a postura da instituição, embora a maior parte dos players esperem por um aumento de taxas apenas no ano que vem. O presidente da regional de Chicago do Fed, Charles Evans, afirmou que o momento de elevação dos juros não é tão importante quanto o ritmo da ação. "A taxa de juros deveria ficar abaixo de 1% até o fim de 2016", afirmou. Segundo ele, a decisão do Fed será guiada pelos indicadores. "Quero ter mais confiança de que a inflação subirá antes de apoiar a elevação de juros", acrescentou.
Já o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou que, se a economia evoluir como esperado, "as taxas serão elevadas em 2015". "O Fed poderá aumentar as taxas de juros em sua reunião de política monetária em outubro", disse. Ao mesmo tempo, o titular do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse ser improvável a adoção de taxas negativas de juros no curto prazo.
No Brasil, alguns dos papéis que passaram por realização de lucros foram os que subiram com vigor nos últimos dias, como Petrobras. No fechamento de hoje, o papel ON da petrolífera marcou 0,37% e o PN +0,57%.
CSN continuou como destaque entre as siderúrgicas, com o mercado precificando um aumento de preços de seus produtos pela empresa, entre 6% e 10%. O papel subiu +6,60%. Usiminas PNA avançou 1,63%, Gerdau PN teve ganho de 0,60%, mas Metalúrgica Gerdau PN caiu 3,74%. Vale ON terminou com valorização de 3,64% e Vale PNA, de 2,01%.