Com o rebaixamento da nota de crédito, na manhã desta quinta-feira (15), o Brasil passou a ter a mesma avaliação da Rússia na agência de classificação de risco Fitch. Atualmente têm nota "BBB-" e grau de investimento -espécie de selo de bom pagador.
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Vale lembrar, porém, que a Rússia sofreu embargo internacional devido à guerra na Crimeia e foi duramente afetada pela baixa do petróleo. Na Fitch o Brasil também tem a mesma nota de crédito de países como Indonésia, Marrocos, Namíbia, Índia e Turquia. O país fica atrás do México (BBB+), Peru (BBB+) e África do Sul (BBB).
Na Standard & Poor's, o Brasil também tem a mesma classificação da Rússia, mas os dois países são grau especulativo na agência. Já na Moody's o Brasil tem nota "Baa3" -último nível de grau de investimento. A Rússia é "Ba1", ou grau especulativo.
O selo de bom pagador, que é um reconhecimento de que o país é um lugar seguro para os investidores, costuma ser exigido por fundos de investimento e de pensão bilionários para aplicar em títulos de dívida de governos. Normalmente, pedem que a aplicação seja considerada grau de investimento por, pelo menos, duas das grandes agências.
Além disso, quanto melhor a classificação, menor o custo da dívida para o país.
O grau de investimento é uma condição atribuída por agências internacionais de classificação de risco a papéis, empresas ou países para definir que se trata de um investimento seguro -ou seja, com baixo risco de calote.
As três agências risco de maior visibilidade no mundo são a Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch Ratings.
As notas de crédito têm impacto sobre o custo da dívida de empresas e países. Quanto melhor a classificação, menor tende a ser o desembolso com os juros dos financiamentos, e vice-versa.