BALANÇA COMERCIAL

País deve fechar ano com superávit comercial de mais de US$ 15 bi, diz Armando Monteiro

Para o ministro, o ajuste no setor externo poderá contribuir para a retomada do crescimento econômico

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 15/10/2015 às 13:17
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Para o ministro, o ajuste no setor externo poderá contribuir para a retomada do crescimento econômico - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou nesta quinta-feira, (15), que a balança comercial brasileira deverá elevar o superávit de US$ 15 bilhões, projetados para este ano, para "quase" US$ 30 bilhões, conforme estimativas para 2016. 

"Devemos fechar o ano com superávit de mais de US$ 15 bilhões. Para 2016, as projeções indicam superávit de quase US$ 30 bilhões", afirmou Monteiro, em discurso na cerimônia de abertura da assembleia do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal), no Rio.

Para Monteiro, o ajuste no setor externo poderá contribuir para a retomada do crescimento econômico. "O Brasil está atravessando período de ajustes, que requerem sacrifício no curto prazo, mas vão oferecer mais previsibilidade no futuro", afirmou o ministro, citando o "realinhamento dos preços" de energia elétrica e do câmbio como exemplos de ajustes, que "melhoram a alocação de recursos". 

No discurso, Monteiro também defendeu a importância de acordos bilaterais para impulsionar o comércio exterior, como os firmados com Colômbia e Peru, para o desagravamento de bens, como a agenda de integração produtiva com o Paraguai e cinco acordos com cooperação e facilitação de investimentos, firmados com México, Colômbia, Moçambique e Angola.

Transpacífico

A União Europeia e o Mercosul tendem a acelerar sua integração como resposta à Parceria Transpacífica, acordo comercial fechado na semana passada pelos Estados Unidos e 11 países do Pacífico, além de México, Peru e Chile, avaliou Monteiro. 

O ministro disse que os dois blocos estarão mais motivados a fechar um acordo diante da reconfiguração de blocos e novo quadro de acordos econômicos internacionais.

"Graças a esse acordo Transpacífico vamos poder acelerar o nosso acordo com a União Europeia, porque se torna ainda mais prioritária essa ação de integração com o Mercosul", disse. 

Segundo ele, a perspectiva é de início de troca de ofertas entre UE e Mercosul no próximo mês. O motivo para acreditar em um avanço após anos de negociação é justamente o novo quadro do comércio e acordos globais.

Monteiro voltou a dizer que nada impede que o Brasil participe do acordo Transpacífico no futuro. "Não podemos deixar de considerar um objetivo ter comércio livre com Estados Unidos e países da bacia do Pacífico", disse. 

O ministro destacou a maior interação comercial recente entre Brasil e EUA, com um aumento de 5% nas exportações de manufaturados para o país norte-americano em 2015.

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