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A China surpreendeu os mercados em todo o mundo nesta sexta-feira (23), com um corte nas taxas de juros do país. Em resposta, o dólar à vista no balcão acelerou a queda registrada desde o começo da sessão, renovando a mínima cotação do dia.
Às 9h32, o dólar à vista caía 1,15%, a R$ 3,8810. Na abertura, foi negociado a R$ 3,910, com queda de 0,41% e na mínima, após a notícia da China, a R$ 3,866 (-1,53%).
Já a moeda para novembro cedia 0,66%, a R$ 3,8940 no horário mencionado. No exterior, o dólar ampliou as quedas ante moedas emergentes de ligadas a commodities.
O Banco do Povo da China (PBoC) cortou na manhã de sexta as taxas de empréstimo e de depósito em um ano em 0,25 ponto porcentual. A taxa de juros de empréstimos agora está em 4,35% e a de depósito, em 1,5%.
O BC chinês reduziu ainda o compulsório para bancos em 0,5 ponto porcentual. E definiu uma redução maior no compulsório para alguns bancos. Os cortes de juros e de compulsórios entram em vigor no sábado, 24.
Até então, o dólar à vista no Brasil refletia em baixa o apetite ao risco que já existia no exterior na esteira do sinal do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira, 22, de que pretende ampliar seus estímulos monetários.
No cenário doméstico, os investidores aguardam a confirmação pelo governo de que o déficit das contas do governo Dilma Rousseff em 2015 deve ser de R$ 70 bilhões a R$ 76 bilhões, após o Tribunal de Contas da União (TCU) não permitir o pagamento parcelado das chamadas pedaladas fiscais de anos anteriores.