Investimento

Petrobras estuda construir plataforma gigante para o pré-sal

A unidade em estudo teria capacidade para produzir 225 mil barris de petróleo e 18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia

Da Folhapress
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Publicado em 29/10/2015 às 19:36
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A unidade em estudo teria capacidade para produzir 225 mil barris de petróleo e 18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia - FOTO: Foto: Fotos Públicas
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A Petrobras estuda a construção de uma plataforma gigante de produção de petróleo para o campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.

A unidade em estudo teria capacidade para produzir 225 mil barris de petróleo e 18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

Hoje, as maiores unidades em operação no Brasil podem produzir 180 mil barris de petróleo e 8 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

No mundo, as maiores plataformas estão instaladas na costa oeste da África -o campo de Dalia, em Angola, por exemplo, tem uma plataforma de 240 mil barris por dia.

A busca por plataformas de maior porte tem por objetivo reduzir custos e garantir capacidade de processamento dos grandes volumes de petróleo e gás dos poços do pré-sal.

Em Libra, por exemplo, a vazão de cada poço pode chegar a 50 mil barris por dia -os melhores poços em operação no país atualmente estão na casa dos 40 mil barris.

Além disso, o reservatório tem uma grande razão gás/óleo, o que significa que, para extrair o petróleo, a Petrobras e seus sócios terão que produzir grandes quantidades de gás.

Por isso, o projeto piloto de produção no campo terá uma plataforma com capacidade para produzir 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia, maior que todas as unidades instaladas no país.

A licitação para a compra da plataforma já foi iniciada e deve ser concluída até o fim do ano. O projeto deve entrar em operação em 2019.

Segundo Fábio Queiroz, técnico responsável pela área de sistemas de produção do grupo que desenvolve o projeto de Libra, a construção de uma plataforma gigante esbarra, principalmente, no prazo de construção do casco -uma vez que, dado o tamanho das instalações, não seria possível converter um navio existente.

Maior descoberta de petróleo do Brasil, Libra foi a primeira área leiloada sob o regime de partilha da produção. O leilão foi vencido por um consórcio formado por Petrobras, a francesa Total, a anglo-holandesa Shell e as chinesa CNOOC e CNPC.

Em 2017, o consórcio dá início a um teste de longa duração do reservatório, com uma plataforma com capacidade para produzir 50 mil barris de petróleo por dia.

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