Securitização de exportações

Petrobras estuda usar exportações de petróleo para obter financiamento

No terceiro trimestre de 2015, a dívida da companhia chegou a R$ 506,6 bilhões

Da Folhapress
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Publicado em 13/11/2015 às 14:04
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No terceiro trimestre de 2015, a dívida da companhia chegou a R$ 506,6 bilhões - FOTO: Foto: Fotos Públicas
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O diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, disse nesta sexta-feira (13), que a companhia estuda trocar exportações futuras de petróleo por empréstimos.

A operação, conhecida como securitização de exportações, está entre as alternativas de financiamento em análise pela companhia, que teve o custo de captações ampliado após o rebaixamento por agências de classificação de risco.

Ele rejeitou, porém, a possibilidade de usar reservas de petróleo e gás como garantia para novos empréstimos. "Está descartada qualquer securitização de reservas. O que está sendo analisado é a securitização de fluxos de exportação".

Em entrevista na quinta (12) para apresentar o balanço do terceiro trimestre de 2015, Monteiro disse que a Petrobras tem à disposição US$ 25 bilhões em ofertas de empréstimos e que há um esforço para readequar o perfil da dívida, ampliando os prazos e reduzindo custos.

No terceiro trimestre de 2015, a dívida da companhia chegou a R$ 506,6 bilhões, inflada pelos efeitos da desvalorização do real nos empréstimos em dólares.

A Petrobras já lançou mão, em 2009, de exportações futuras de petróleo para obter um empréstimo de US$ 10 bilhões com a China. Em troca do dinheiro, se comprometeu a vender ao país asiático 150 mil barris de petróleo por dia no primeiro ano e 200 mil barris por dia nos nove anos seguintes.

Entre janeiro e setembro de 2015, a Petrobras exportou uma média de 351 mil barris de petróleo por dia. As exportações de derivados somaram 150 mil barris por dia.

Com o aumento das exportações e a queda das importações, o deficit comercial da companhia caiu de 424 mil para 89 mil barris por dia nos primeiros nove meses de 2015, comparando com o mesmo período do ano anterior.

O resultado reflete o aumento da produção brasileira de petróleo e a queda nas vendas internas de combustíveis no período, que, nos dois casos, somaram 8%.

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