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O mercado financeiro não esperava uma inflação anual tão alta no início de um ano desde 2003. Segundo o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (11), o índice deve terminar 2016 com alta de 6,93%. Em janeiro de 2003, no primeiro levantamento desse tipo, a taxa prevista para aquele ano era de 11,23%. No primeiro ano de governo Lula, o IPCA terminou com avanço de 9,3%, o que levou ao estouro da meta.
A taxa de inflação medida em 2015, de 10,67%, é a maior desde 2002 e também ultrapassou o limite superior determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,50%.
Em janeiro de 2015, a primeira pesquisa Focus após o conhecimento da taxa do ano anterior apontava para uma inflação de 6,60%. Em janeiro de 2014, a perspectiva era de uma inflação de 6,00% e, em 2013, de 5,53%. O menor nível para o IPCA esperado em um ano logo no primeiro levantamento foi visto em janeiro de 2007, quando a mediana das projeções indicava uma variação de 3,97%.
Levando-se em conta o mesmo critério da primeira Focus após o conhecimento da inflação anual anterior, a taxa prevista para o ano seguinte, desta vez, também situa-se entre as mais altas desde 2003, mas é inferior à do ano passado.
Pelo levantamento atualizado nesta segunda pelo Banco Central, a mediana das expectativas para o IPCA de 2017 está em 5,20%, ante taxa de 5,70% calculada pelos profissionais em janeiro do ano passado para o IPCA de 2016. Em 2013 e 2014, a previsão para período equivalente (um ano depois) foi de 5,50% nos dois casos. Desde 2003 também, esse porcentual havia ficado entre 4,00% e 5,00% nos demais anos.