VIAGEM

Saiba quais são os passaportes mais poderosos do mundo

Brasil se destaca entre emergentes e latinos, mas a facilidade de viajar sem precisar tirar visto é maior para europeus e norte-americanos

Emídia Felipe
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Emídia Felipe
Publicado em 11/02/2016 às 11:03
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Brasil se destaca entre emergentes e latinos, mas a facilidade de viajar sem precisar tirar visto é maior para europeus e norte-americanos - FOTO: Flickr
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Quem viaja com o passaporte brasileiro tem acesso a 148 países sem a necessidade de visto. Isso faz com que nosso documento seja o mais “poderoso” entre os Brics – as cinco principais economias emergentes do mundo – e o terceiro mais forte da América Latina (ficamos atrás de Argentina e Chile). Mas ainda estamos longe do grupo que tem acesso a mais de 170 nações, formado por Alemanha, Reino Unido, Finlândia, Suécia e Estados Unidos.

As informações são do relatório mais recente da consultoria Henley & Partners, que é feito há 10 anos. Segundo a empresa, o brasileiro vem sendo cada vez mais aceito sem visto. Em 2008, a quantidade de países que recebia brasileiros sob essas condições era 122. Em 2012, 141. Na última edição, de 2015, o Brasil ficou na 20º posição geral, com 148 países. Dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) sugerem que este é um movimento global. Segundo a entidade, 39% da população mundial estão aptos a fazer turismo em outros países sem ter de pedir o visto – em 2008, eram 23%.

Apesar da condição privilegiada em relação aos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e à América Latina, o passaporte brasileiro fica atrás de países menores e economicamente menos relevantes, como Chipre e Eslovênia.

Diretor-gerente da Merken Consultoria, especializada em internacionalização de empresas, Fernando Dourado Filho explica que isso ocorre porque são nações integrantes da União Europeia. “Ou seja, são áreas em que (ainda) se pode viajar sem apresentação de passaporte entre estes mesmos países. Logo, eles estão amparados por um mega-acordo guarda-chuva celebrado entre Bruxelas e outras partes do mundo. Daí ser irrelevante a pouca representatividade econômica deles. Vale a carteirinha do clube maior a que pertencem”, esclarece.

COMO FAZER - Conseguir um passaporte dos países do “Top 5” não é simples. É preciso pelo menos morar no lugar há muitos anos e se adequar a uma série de exigências, que mudam de acordo com a nação. No entanto, em linhas gerais, é preciso ter alguma descendência – na Itália, por exemplo, até tetranetos têm direito à cidadania italiana –, casar com um nativo ou ter outros laços duradouros, como trabalho ou investimentos diretos.
No Reino Unido, os candidatos têm que fazer testes sobre a cultura, as leis e a língua local para alcançar visto de residência permanente e receber o passaporte.

A concessão de vistos também varia muito entre as nações. Os Estados Unidos requerem um processo no país de origem; no caso da Inglaterra, brasileiros podem resolver no próprio aeroporto de destino; outros exigem um visto eletrônico prévio, como o Uzbequistão; e alguns são facilmente obtidos nas fronteiras terrestres (Vietnã, Indonésia e Camboja). “Mas há os que ficam ao sabor das autoridades do dia, como o Sultanato de Brunei”, exemplifica. Fernando comenta que reciprocidade é a palavra que melhor define a relação da exigência de vistos entre países. “Se o Brasil pede visto para uma determinada nacionalidade, ela vai pedir de nós fatalmente.”

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