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Vendas de materiais de construção caem 20,5% em janeiro

Nos últimos 12 meses, os materiais de base apresentaram recuo de 12,5% e os de acabamento queda de 16,2%

Da ABr
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Publicado em 12/02/2016 às 12:50
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Nos últimos 12 meses, os materiais de base apresentaram recuo de 12,5% e os de acabamento queda de 16,2% - FOTO: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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As vendas de materiais de construção caíram 20,5%, em janeiro, comparadas ao mesmo período do ano passado. Essa foi a 24ª queda consecutiva na comparação anual. No entanto, na comparação com o mês anterior – dezembro de 2015 – o setor obteve alta de 5% no faturamento. Já no acumulado dos últimos 12 meses, houve recuo de 13,9%. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

Na comparação com janeiro de 2015, foram verificadas quedas tanto no faturamento dos materiais de base (-19,9%) quanto nos itens de acabamento (-21,4%). Sobre dezembro último, porém, as vendas de materiais de base aumentaram 2,9%, e no caso dos itens de acabamento houve alta de 8,5%. Nos últimos 12 meses, os materiais de base apresentaram recuo de 12,5% e os de acabamento queda de 16,2%.

 

Expectativa

Para esse primeiro trimestre, o setor prevê redução nas vendas de 4,5%. Nesse cálculo foi considerado o fato de que as famílias sempre têm o orçamento mais apertado no início do ano por causa do pagamento de impostos – Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre a Propriedade dos Veículos automotores (IPVA) – e da compra de materiais escolares.

A previsão também considerou o fato de as chuvas mais intensas terem prejudicado o andamento das obras e incluiu ainda a possibilidade de um impacto negativo pelo temor do desemprego e pela falta de confiança dos empresários.

Em nota, o presidente da Abramat, Walter Cover, avaliou que o setor foi afetado pelas “condições adversas que predominam desde o segundo semestre de 2015 e permanecem tanto no segmento do varejo, quanto no das construtoras”.

A expectativa do executivo é de que haja um reaquecimento das atividades a partir de abril ou maio. Essa reação, porém, só vai ocorrer, acredita o dirigente, se houver novas liberações de crédito para as indústrias de materiais de construção e também se for retomada a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida. Cover disse ainda que o setor pode reagir bem se houver mais investimentos em obras de infraestrutura.

De acordo com o balanço de desempenho da entidade, o nível de emprego no setor apresentou redução de 8,9%, em janeiro último sobre o mesmo mês de 2015. Já na comparação com dezembro último, houve queda de 0,3% e, nos últimos 12 meses, diminuição de 8,9%.

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