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Companhias aéreas se esforçam para estimular venda de destinos internacionais

Preferência dos turistas é por destinos que não usem o dólar como moeda

Do JC Online
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Publicado em 18/02/2016 às 11:40
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Preferência dos turistas é por destinos que não usem o dólar como moeda - FOTO: Foto: Free Images
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A Gol anunciou na quarta-feira (17) o início das vendas de passagens para o voo direto entre o Recife e Buenos Aires, na Argentina.  A primeira decolagem acontecerá apenas em 26 de março, partindo da capital pernambucana. A estreia do trajeto acontece no momento em que as empresas aéreas se esforçam para estimular a compra de passagens internacionais, enfraquecida diante do dólar alto, oferecendo promoções relâmpago e facilidades.

Também na quarta-feira, a TAM anunciou sua oferta especial para alguns destinos na Europa na classe executiva. Partindo do Recife, a opção de destino é Madri, na Espanha, com ida e volta por R$ 4.018. As passagens começam a ser vendidas à 0h do dia 26 de fevereiro e as viagens devem ser feitas até 7 de abril deste ano, com estada mínima de sete dias no destino.

O esforço das companhias aéreas é em manter o resultado positivo nas vendas de passagens internacionais: segundo levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em novembro do ano passado houve um incremento de 8,5% na emissão desse tipo de bilhete, na comparação com o mesmo mês de 2014. Já as vendas de voos domésticos sofreram uma redução de 7,5% no mesmo período.

Segundo a agente de viagens da Europa Câmbio e Turismo Elisângela Lima, a oferta para voos internacionais não é incomum nesse período do ano. “Desde o início de janeiro toda semana uma companhia lança sua promoção para movimentar o mercado. Do lado dos consumidores, a procura está muito maior pela América do Sul, em países com a moeda desvalorizada em relação ao real”, afirma. Como exemplo ela cita a promoção da Avianca de ida e volta para a Colômbia por US$ 229 (ou R$ 877,07, com o dólar turismo a R$ 3,83, cotação de ontem).

Já a proprietária da Luck Viagens, Sandra Luck, percebe um incentivo maior por parte das companhias aéreas para evitar queda na procura por destinos internacionais, mas sempre com ofertas relâmpago. “A Copa, por exemplo, está até hoje (ontem) com uma promoção de ida e volta para Miami por US$ 300 (ou R$ 1.149). Consequentemente isso acaba atraindo as pessoas que nem estavam mais pensando em viajar para fora”, avalia Sandra.

Na agência, a procura por pacotes internacionais sofreu uma redução de pelo menos 20%, perda que acabou sendo compensada pela maior procura por viagens nacionais. “As pessoas não deixam de viajar. Quando aconteceu o grande aumento do dólar, no ano passado, houve um incremento expressivo nos pacotes domésticos. Mas estamos percebendo que as pessoas já estão se acostumando com a cotação do dólar, tiveram mais tempo para se planejar, e agora adaptam a viagem”, explica Sandra Luck.

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