O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) - uma ''prévia'' do PIB - recuou 4,08% em 2015 na comparação com 2014. O percentual representa a maior queda anual da série histórica do índice, inciada em 2003, e pode representar a pior recessão dos últimos 25 anos no País.
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O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária. O indicador oficial sobre o desempenho da economia, no entanto, é o Produto Interno Bruto (PIB), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No dia 3 de março, o IBGE vai divulgar o resultado do PIB de 2015.
De 2009 até 2014, houve uma sequência de elevações do IBC-Br. Em 2010, a alta foi de 8,58%. Em 2011, o indicador subiu 3,17%. Em 2012, avançou 0,90% e, em 2013, teve elevação de 3,18%.
Segundos dados do BC, no último trimestre do ano comparado com o terceiro trimestre, houve queda de 1,87%, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustados para o período). Em relação ao quarto trimestre de 2014, a queda foi maior: 6,34% nos dados sem ajustes, já que a comparação é entre períodos iguais. Em dezembro, o IBC-Br também registrou retração de 0,52 %, na comparação com novembro. Comparado a igual mês de 2014, o recuo ficou em 6,51%.
Parâmetro
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes usados para a formação do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) e a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador do BC tem grande influência sobre as estimativas do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB), que deverá ser divulgado no fim de março pelo IBGE.