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A ind?stria automobil?stica foi a principal respons?vel pelo tombo de 6,2% no emprego industrial no Pa?s em 2015. O n?mero de vagas na atividade de meios de transporte encolheu 11,4%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Sal?rio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).
A atividade tem um peso de cerca de 8% sobre o c?lculo da popula??o ocupada na ind?stria, atr?s apenas do segmento de produtos aliment?cios. Embora todos os 18 setores investigados tenham demitido trabalhadores no ano passado, o corte de vagas em meios de transporte foi a principal press?o sobre o resultado geral do emprego industrial no Pa?s.
"(Meios de transporte) ? o setor que mais se destaca em qualquer uma dessas compara??es: pessoal ocupado, n?meros de horas pagas aos trabalhadores e valor da folha real de pagamento. Na produ??o industrial, essa atividade ? sempre tamb?m a mais destacada em termos negativos", apontou Andr? Macedo, gerente da Coordena??o de Ind?stria do IBGE.
O segmento de meios de transporte reduziu em 12,4% o n?mero de horas pagas aos trabalhadores em 2015. O valor da folha de pagamento real do setor encolheu 13,4%.
"A ind?stria automobil?stica veio ao longo de 2015 com redu??es de jornada de trabalhadores, cortes de postos de trabalho, regime de layoff e estoques elevados", lembrou Macedo.
O gerente da pesquisa, entretanto, ressalta que a deteriora??o no mercado de trabalho industrial foi generalizada em 2015. Tanto o emprego quanto o n?mero de horas pagas recuaram em dezembro do ano passado para o menor patamar j? registrado pela pesquisa, iniciada em dezembro de 2000.
Como consequ?ncia, o total de empregados no setor industrial j? est? 16% abaixo do pico registrado em julho de 2008, enquanto o total de horas pagas est? 18% menor do que o ?pice atingido em setembro do mesmo ano.
"? um comportamento amplamente negativo, e n?o poderia ser diferente, j? que voc? tem uma produ??o tamb?m com comportamento negativo. O mercado de trabalho est? claramente confirmando que 2015 foi um ano dif?cil para o segmento industrial", afirmou o pesquisador.
Na avalia??o de Macedo, a ind?stria permanece prejudicada pela confian?a mais baixa de empres?rios e consumidores, que afeta consumo e investimentos, com reflexo no mercado de trabalho no setor.
"O cen?rio n?o se modificou. A conjuntura econ?mica n?o se alterou. N?o por acaso os indicadores (industriais) mant?m essa tend?ncia de queda, seja sob a ?tica do mercado de trabalho seja sob a ?tica da produ??o", concluiu ele.