Infraestrutura

CCR deve ser maior vencedora de novas concessões de rodovias e aeroportos

Balanço financeiro estável coloca instituição na frente

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Publicado em 21/02/2016 às 15:21
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A empresa especializada em serviços financeiros UBS avalia que a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) deve ser a principal vencedora nas novas concessões de rodovias e aeroportos a serem realizados nos próximos anos. Além disso, o cenário de dificuldades enfrentadas por outros players do setor de infraestrutura deve diminuir a competição nos certames.

Em relatório, o analista Rogerio Araujo, do UBS, destaca que tanto o governo federal quanto o governo do Estado de São Paulo planejam leiloar um número considerável de ativos de infraestrutura no curto e médio prazos. No entanto, Araujo também afirma que a maior parte das empresas do setor de infraestrutura está sobrecarregada, com alta alavancagem ou elevadas obrigações de investimentos, em função de concessões vencidas no passado recente.

Assim, o analista afirma que, neste cenário, a CCR aparece com vantagem em relação aos seus pares, por possuir um balanço financeiro relativamente confortável. Além disso, as dificuldades de outros players deve reduzir a competição nos leilões, abrindo a possibilidade para que a CCR conquiste novos ativos com taxas internas de retorno atrativas.

Do ponto de vista macroeconômico, Araujo diz que o UBS cortou em 3% as estimativas de tráfego para a CCR no período entre 2016-2017 (excluindo a MSVia) por causa da revisão para baixo das estimativas para o PIB do Brasil. O analista ainda destaca que as taxas de juros mais elevadas (média de alta de 2 pontos porcentuais em 2016-2017) dão suporte a uma alta de 28% nas despesas financeiras da companhia durante o período.

EcoRodovias - No mesmo relatório, o UBS também avalia a situação da EcoRodovias e o recente mau desempenho das ações da empresa. Araujo destaca que a CR Almeida não enfrenta mais dificuldades financeiras e que, agora, irá dividir o controle acionário da EcoRodovias com o grupo italiano Gavio. No entanto, o analista afirma que os investidores permanecem incertos quanto à disciplina de capital da empresa e às perspectivas de crescimento com os novos leilões.

Para o UBS, o recente selloff verificado nos papéis da empresa (queda de 32% desde novembro) foi exagerado. Segundo Araujo, as ações devem se recuperar gradualmente, conforme a companhia executar as estratégias já anunciadas e demonstrar maior disciplina de capital.

Em relação à economia do Brasil, a instituição cortou em 4,2% as estimativas de tráfego para o período entre 2016-2017. As maiores taxas de juros, por sua vez, dão suporte a um aumento de 38% nas despesas financeiras da empresa no período, escreve Araujo.

Por fim, o analista também destaca que a competição mais acirrada no Porto de Santos deve ser prejudicial ao Ecoporto. O UBS agora trabalha com um cenário de perdas até que a concessão expire, com o terminal dependendo principalmente de serviços locais ao invés de serviços regulares de atracação de embarcações.

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