Pesquisa

Projeção para Selic no fim de 2017 cai de 12,75% para 12,63%, revela Focus

Pela terceira semana consecutiva, os economistas mantiveram as estimativas para a Selic em 2016 no boletim divulgado pelo Banco Central

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 22/02/2016 às 9:42
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Pela terceira semana consecutiva, os economistas mantiveram as estimativas para a Selic em 2016 no boletim divulgado pelo Banco Central - FOTO: Foto: Marcos Santos /USP Imagens
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Analistas do mercado financeiro revisaram para baixo a projeção para a taxa básica de juros no fim do ano que vem no Relatório de Mercado Focus. A pesquisa mostra que a Selic estará em 12,63% em dezembro de 2017, o que indica uma divisão entre as apostas de uma taxa em 12,50% ao ano e de 12,75% aa, patamar observado na edição passada do documento e também um mês antes.

Pela terceira semana consecutiva, os economistas mantiveram as estimativas para a Selic em 2016 no boletim divulgado pelo Banco Central. De acordo com o levantamento realizado com aproximadamente 120 instituições, a taxa básica de juros permanecerá nos atuais 14,25% ao ano até o encerramento de 2016. Um mês antes, a aposta era de taxa de juros a 14,64% no encerramento do ano. 

Com essas informações, a Selic média de 2016 permaneceu em 14,25% aa, como já constava também nos dois boletins anteriores. Um mês atrás estava em 14,48%. No caso de 2017, a Selic média passou de 13,00% para 12,98% - quatro semanas antes estava em 13,16%. 

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus (médio prazo), a previsão para a Selic no fim de 2016 manteve-se em 14,00% aa - um mês atrás, estava em 13,75%. Para o encerramento de 2017, esses mesmos analistas mantiveram a expectativa de taxa a 12,25% ao ano ante mediana de 12,63% de um mês antes.

Câmbio

Com um cenário externo nebuloso, os economistas brasileiros mexeram em suas previsões para o câmbio do fim deste ano no Relatório de Mercado Focus. O documento aponta para uma cotação de R$ 4,36 no lugar da estimativa de R$ 4,38 vista na semana passada - um mês antes, estava em R$ 4,30. Apesar disso, o câmbio médio de 2016 ficou inalterado em R$ 4,20 de uma semana para outra - um mês antes, estava em R$ 4,19.

A perspectiva do mercado financeiro para o câmbio de 2017 também permaneceu em R$ 4,40 no boletim Focus pela quarta semana consecutiva. Já o câmbio médio do ano que vem saiu de R$ 4,30 para R$ 4,29 entre um levantamento e o outro - estava em R$ 4,20 um mês atrás.

O BC tem mantido integralmente a rolagem de leilões de swap cambial, que foram mais expressivos desde de 2013, por meio de ofertas apelidadas de "ração diária". Também rolou os vencimentos dos leilões de linha que venceriam em fevereiro. 

Setor externo

Depois de duas semanas de tendências variadas, os dados do setor externo voltaram a apresentar melhora na pesquisa do BC. A mediana das estimativas para o superávit comercial previsto para este ano subiu de US$ 36,10 bilhões para US$ 37,05 bilhões. Um mês antes estava em US$ 37,45 bilhões. Para 2017, a expectativa subiu de um superávit de US$ 39,30 bilhões para um saldo positivo de US$ 39,65 bilhões. Quatro edições atrás do documento, o ponto central das estimativas estava em US$ 40,00 bilhões.

No caso das previsões para a conta corrente para 2016, a mediana das expectativas de um déficit de US$ 32,10 bilhões, a mesma mediana vista um mês atrás, foi substituída agora pela projeção de déficit em US$ 31,15 bilhões. Já para 2017, a perspectiva é de um rombo de US$ 25,88 bilhões, volume menor do que o apontado na edição anterior, de US$ 26,75 bilhões. Quatro meses atrás, a perspectiva era de déficit de US$ 26,50 bilhões.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir esse resultado deficitário nos dois anos. A mediana das previsões para esse indicador segue em US$ 55,00 bilhões pela décima semana consecutiva, no caso de 2016. Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de US$ 60 bilhões em IDP, que vinha sendo apontado pelo mercado há 18 semanas seguidas, agora está em US$ 55,55 bilhões. 

IGPs e Fipe

Os índice de preços no atacado mostraram tendências díspares no Relatório de Mercado Focus. A mediana das projeções para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que tinha disparado nas últimas semanas, agora caiu de 7,98% para 7,84%. Quatro semanas atrás, estava em 6,96%. Para 2017, a perspectiva de alta de 5,50% desse indicador foi mantida pela quarta vez consecutiva. 

No caso do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de 2016, o boletim Focus trouxe que o ponto central da pesquisa passou de 7,72% para 7,75% - quatro semanas antes estava em 6,75%. No caso do ano que vem, a expectativa dos participantes é a de que o principal índice de inflação referência para reajuste de alugueis suba 5,50%, de acordo com o boletim Focus - mesma taxa do levantamento anterior. Estava em 5,48% no realizado quatro semanas antes. 

O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) para 2016 ficou congelado em 7,04%, segundo a pesquisa Focus desta segunda-feira. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 6,14%. Para 2017, a inflação de São Paulo subirá, pelo boletim Focus, 5,40%, também a mesma taxa do levantamento anterior. Quatro edições atrás do documento estava em 5,18%.

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