Seis entre nove grupos registraram aceleração no ritmo de aumento de preços na passagem de janeiro para fevereiro dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (23).
O grupo Alimentação e Bebidas, de maior impacto sobre a inflação de fevereiro, passou de alta de 1,67% em janeiro para 1,92% este mês. Houve destaque para os aumentos significativos registrados pela cenoura (24,26%), cebola (14,16%), tomate (14,11%), alho (13,08%), farinha de mandioca (12,20%) e hortaliças (8,66%).
Os Artigos de Residência aumentaram de 0,48% em janeiro para 0,86% em fevereiro; os gastos com Transportes subiram de 0,87% em janeiro para 1,65% em fevereiro; Saúde e Cuidados pessoais aceleraram de 0,66% para 1,04%; Educação passou de 0,28% para 5,91%; e Comunicação aumentou de 0,11% para 0,91%.
Houve desaceleração em Habitação, que passou de uma taxa de 0,57% em janeiro para 0,40% em fevereiro; Vestuário, de 0,49% para 0,14%; e Despesas Pessoais, de 1,00% para 0,93%.
Em fevereiro, houve destaque também para os aumentos nos itens: TV, Som e Informática (3,43%), Cigarro (2,61%); Higiene pessoal (1,64%); Taxa de água e esgoto (1,64%); Serviços médicos e dentários (1,45%); Artigos de limpeza (1,40%) e Plano de saúde (1,06%).
Ônibus urbano
As tarifas dos ônibus urbanos ficaram 5,69% mais caras em fevereiro, pressionando a alta de 1,65% nas despesas das famílias com Transportes, no mês.
A passagem de ônibus ficou mais cara devido a reajustes ocorridos em sete regiões: Recife (reajuste de 14,28% a partir de 19 de janeiro); Curitiba (de 12% desde 1º de fevereiro); São Paulo (8,57% desde 9 de janeiro); Rio de Janeiro (11,76% em 2 de janeiro); Salvador (10% em 2 de janeiro); Belo Horizonte (8,82% em 3 de janeiro) e Goiânia (12,10% em 6 de fevereiro).
Os aumentos nas tarifas de ônibus urbano captados pelo IPCA-15 de fevereiro chegaram a 12,78% no Recife. Goiânia teve a menor alta no mês, de 3,64%.
Ainda no grupo Transportes, foram registrados aumentos expressivos em fevereiro nas tarifas de trem (6,12%), metrô (5,27%), ônibus intermunicipais (5,04%) e táxi (3,65%). Os combustíveis também ficaram mais caros, com alta de 4,92% no litro do etanol e aumento de 1,20% no litro da gasolina.
Cursos regulares
Os reajustes praticados no início do ano letivo explicam a alta de 5,91% registrada nos preços do grupo Educação, dentro do IPCA-15 de fevereiro. O destaque foi o aumento de 7,41% nas mensalidades dos cursos regulares, item de maior impacto individual sobre a inflação do mês, o equivalente a uma contribuição de 0,21 ponto porcentual para a taxa de 1,42% registrada pelo IPCA-15 de fevereiro.
Fortaleza foi a única região que não apresentou aumento nos cursos regulares no mês, em virtude da diferença de período de reajuste nas mensalidades. A região metropolitana de Recife teve a menor variação de preços, alta de 3,99%, enquanto o Rio de Janeiro registrou o maior aumento, 10,88%.
Já as mensalidades dos cursos diversos - que incluem idioma, informática, etc. - tiveram elevação de 5,53% em fevereiro.