CONTRATAÇÕES

Indicador Antecedente de Emprego recua 1,1% em fevereiro, diz FGV

Para a entidade, a queda de fevereiro "representa uma acomodação do indicador após quatro altas consecutivas"

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 09/03/2016 às 9:22
Foto: Valdecir Galor/SMCS
Para a entidade, a queda de fevereiro "representa uma acomodação do indicador após quatro altas consecutivas" - FOTO: Foto: Valdecir Galor/SMCS
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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 1,1% em fevereiro ante janeiro, para 72,5 pontos, de acordo com dados ajustados sazonalmente, informou na manhã desta quarta-feira (9) a Fundação Getulio Vargas (FGV). 

 

Para a entidade, a queda de fevereiro "representa uma acomodação do indicador após quatro altas consecutivas". Segundo a FGV, a parada sinaliza "algum arrefecimento do ritmo de diminuição do pessoal ocupado na economia brasileira neste início de ano".

A FGV destacou ainda que o IAEmp está muito abaixo da média do índice, de 83,3 pontos, o que sinalizaria "pouca chance de melhora no curto prazo". "Os indicadores que mais contribuíram para a queda do IAEmp foram os que medem o ímpeto de contratação para os próximos três meses e a situação dos negócios para os próximos seis meses, ambos da Sondagem de da Indústria, com variações de -6,7% e -5,1% na margem, respectivamente", diz a nota distribuída pela FGV.

O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Indicador Coincidente

A FGV também informou que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 0,7% em fevereiro ante janeiro de 2015, para 97,7 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. É a segunda queda consecutiva do indicador, o que, segundo a FGV, sinaliza a acomodação "da taxa de desemprego ao início de 2016, após um período de fortes altas ao longo de 2015".

"A série do Índice Coincidente de Desemprego reflete um ambiente de elevado desemprego com o índice com valores substancialmente acima da média da série (79,9 pontos), resultado que ressalta a fragilidade do mercado de trabalho", diz a nota distribuída pela FGV.

Os consumidores que têm renda mensal de R$ 2.100,00 a R$ 9 600,00 puxaram a queda no ICD. 

Segundo a FGV, as classes que mais contribuíram para a queda do indicador foram as dos consumidores com renda mensal entre R$ 4 800,00 e R$ 9.600,00, "cujo Indicador de percepção de facilidade de se conseguir Emprego (invertido) variou -3,0%". Para aqueles cuja renda está entre R$ 2.100, e R$ 4.800,00, o indicador variou -0,7%.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.

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