O mercado financeiro manteve as expectativas para a taxa básica de juros da economia. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central, projeta que a taxa básica de juros encerrará 2016 em 14,25% ao ano, mesma taxa registrada no documento passado, também igual ao valor atual da Selic.
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Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o colegiado manteve a Selic inalterada, mas com dois votos dissidentes de alta (0,50 pp). O foco do Banco Central para a meta de inflação é o ano de 2017. Para o ano que vem, o mercado espera que a taxa Selic termine o período em 12,50% ao ano, mesma taxa apontada na última semana.
Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5 no médio prazo, a estimativa para 2016 ficou mantida em 14,00% aa. Um mês atrás, a mediana das projeções estava na mesma posição.
Corte
Apesar de ter aumentado a corrente dos analistas que dizem esperar uma queda da Selic ainda este ano, o mercado financeiro continua a prever um corte da taxa básica de juros apenas em janeiro de 2017.
Segundo a abertura do Relatório de Mercado Focus, feita às 9h desta segunda-feira, não houve alteração em relação ao prognóstico feito uma semana antes. De acordo com o levantamento, os juros vão se manter nos atuais 14,25% ao ano ao longo de todo 2016. A redução de janeiro também segue na mesma magnitude de 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.
A mudança que foi vista de uma semana para outra é no mês de abril do ano que vem. No lugar de uma taxa de 13,13% - que já apontava uma divisão das apostas, agora aparece o porcentual de 13,00%. Para julho de 2017, o dissenso da semana passada (12,88%) também tomou o rumo de uma taxa menor: 12,75% ao ano. Para setembro, no lugar da mediana de 12,50%, o mercado aponta agora para 12,13%, o que indica que novas revisões para baixo podem ocorrer para esse mês nas próximas semanas.
O mercado vinha dizendo que, dadas as condições da economia, com a atividade em recessão, o Banco Central não teria outra saída se não a de cortar juros no futuro. O BC, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, reforçou que não há em seu cenário essa possibilidade para levar a inflação à meta de 4,5% em 2017. Mesmo assim, economistas mantiveram o discurso, que não apareceu ainda no boletim Focus