Trabalho

Mercado de trabalho cortou 1,1 milhão de vagas com carteira em 1 ano, diz IBGE

Perda da carteira assinada estimula a população que está fora da força de trabalho a procurar emprego para complementar a renda familiar

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 15/03/2016 às 12:15
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Para que as pessoas tenham acesso às vagas de emprego, está disponível o site Emprega Brasil - FOTO: Foto: USP Imagens
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O mercado de trabalho eliminou 1,1 milhão de vagas formais no período de um ano. A queda no total de pessoas ocupadas com carteira assinada no setor privado foi de 3% no quarto trimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A perda da carteira assinada estimula a população que está fora da força de trabalho a procurar emprego para complementar a renda familiar, explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

"A carteira representa uma série de benefícios. Então a perda da carteira pode fazer com que as pessoas que estão fora da força vão para o mercado de trabalho pra compor essa renda (da família). Essa redução da estabilidade do emprego faz com que tenha esse aumento de população desocupada", justificou Azeredo

O coordenador lembra que o total de pessoas procurando emprego cresceu em 2,635 milhões de indivíduos em um ano, enquanto apenas 600 mil vagas foram eliminadas no período. A fila da busca por um trabalho reúne essas pessoas que perderam o emprego e as que não estavam trabalhando nem procurando uma vaga.

No quarto trimestre de 2015, além da redução da formalidade, houve diminuição do montante de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, que encolheu 4,3%, 450 mil funcionários a menos.

Já o trabalho por conta própria cresceu 5,2% no período, com 1,139 milhão de pessoas a mais nessa condição em um ano. "As pessoas quando perdem o emprego muitas vezes recebem rescisão. Elas vão usar essa rescisão para montar um negocio próprio, para tentar manter o sustento delas", disse Azeredo.

O trabalho doméstico também avançou no período de um ano (+4,8%), com 284 mil empregados a mais, absorvendo mão de obra dispensada de outros setores.

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