A Petrobras informou na manhã desta terça-feira, 22, em teleconferência com analistas do mercado, que pretende finalizar o ano de 2016 com um saldo de caixa de US$ 21 bilhões. Para tanto, a companhia prevê uma nova captação no montante de US$ 1 bilhão. De acordo com a apresentação, a estatal iniciou o exercício deste ano com caixa de US$ 26 bilhões.
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"Na perspectiva para 2016, não há previsão de pagamento de dividendos", ressaltou o diretor financeiro Ivan Monteiro, durante a apresentação.
A companhia também informou uma queda de 2% nas despesas gerenciais em 2015, que totalizou R$ 11 bilhões. A queda foi derivada, sobretudo, da redução de gastos com consultorias e serviços de processamento de dados.
Gasolina e diesel
A Petrobras já sente a concorrência da importação de gasolina e óleo diesel. Em 2015, as vendas dos dois derivados de petróleo caíram, em parte, por conta da queda da participação de mercado, informou o gerente executivo de Relações com Investidores, Lucas Tavares de Mello. No total, a queda foi de 9%.
O total comercializado de gasolina passou de 620 mil barris por dia para 553 mil barris por dia. Já a venda do óleo diesel passou de 1 milhão de barris por dia para 923 mil barris por dia
Além da perda de market share, a Petrobras destaca que, no caso da gasolina, o resultado piorou também por causa do aumento da adição do álcool anidro. A proporção de adição de álcool passou de 25% para 27%.
No caso do diesel, houve queda de demanda por parte do segmento de obras de infraestrutura. E também aumentou a adição de biodiesel ao combustível. A venda de naftas foi afetada pela queda do consumo pela Braskem.
Nesta segunda-feira, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou que, se a concorrência com importados ameaçar os negócios, a empresa vai avaliar a possibilidade de reduzir os seus preços internos.
A empresa destacou ainda que o lucro operacional da área de Abastecimento, de R$ 84,2 bilhões, refletiu uma melhora na margem obtida com as vendas de derivados.
Plataformas
O diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras, Roberto Moro, afirmou que a empresa conseguiu renegociar as condições de contrato de sete plataformas que serão instaladas no pré-sal. Segundo ele, a revisão dos acordos com fornecedores está contribuindo para a empresa reduzir o risco dos seus projetos.
Moro informou, ainda, que a empresa receberá neste mês duas plataformas que estão em construção no exterior. "Em junho de 2015, quando teve o primeiro grande ajuste, pontuamos o risco de postergação e hoje entendemos que controlamos cada vez mais os riscos", complementou a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes.