A expectativa de que o PMDB oficialize a saída do governo da presidente Dilma Rousseff dita o ritmo do mercado de juros nesta terça-feira. A decisão da sigla, esperada para a tarde desta terça-feira (29) fortaleceria o processo de impeachment da presidente. Às 9h50, o DI para janeiro de 2018 exibia taxa de 13,32%, ante 13,37% no ajuste da segunda-feira (28). O DI para janeiro de 2021 estava em 13,63%, de 13,71% da véspera.
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A agenda econômica desta terça-feira acompanha os rumos políticos do País. É dia de o PMDB anunciar se deixa ou não a base do governo Dilma Rousseff, e em Brasília é dado como certo que os peemedebistas optarão pelo fim da parceria com a presidente. "Temos a certeza absoluta de que vamos desembarcar (do governo). Numa escala de zero a dez, a chance de sair é dez", afirmou o ex-ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha.
É possível, inclusive, que a decisão do PMDB seja tomada por aclamação, um cenário que ganhou força após o vice-presidente Michel Temer acertar com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) o desembarque do governo. Temer assumiria a presidência após um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Os governistas, por sua vez, já traçam estratégias para enfraquecer o processo de impeachment após um possível afastamento do PMDB. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ouviu do próprio Temer que a sigla deixará a base do atual governo, deve atuar na articulação informal do governo.
Além de oferecer cargos menores para políticos e aliados favoráveis à gestão Dilma, o governo já inicia uma movimentação contra Temer. Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), acusou o vice-presidente de estar "no comando do golpe" No mesmo dia o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), disse que Temer "seguramente será o próximo a cair" se Dilma for deposta por um processo de impeachment considerado "golpista" pelos petistas.