O dólar chegou a subir quase 1% no início desta terça-feira (5), pressionado pelo movimento ainda hesitante de recuperação das principais economias mundiais e pelas incertezas que rondam o noticiário político local. Às 9h55, a moeda norte-americana subia 0,87% e era negociada a R$ 3,6491, dando continuidade ao processo de valorização (+1,64%) registrado na segunda-feira (4).
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A aversão dos investidores a ativos de maior risco, caso das moedas dos chamados mercados emergentes, ganha força após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro. O indicador oscilou de 53,3 em fevereiro para 53,1 em março, o pior nível em 15 meses.
A projeção do mercado e a leitura prévia eram de 54. "A economia da zona do euro falhou mais uma vez em mostrar força em março", salienta o economista-chefe da Markit, Chris Williamson, ao citar que a economia da zona do euro deve ter crescido ao ritmo de 0,3% no primeiro trimestre.
No ambiente local o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff continua em destaque. Na segunda, o ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União (AGU), defendeu a presidente na Comissão Especial de Impeachment.
Após a apresentação da defesa formal, o relator do processo, Jovair Arantes (PTB-GO), terá cinco dias para apresentar seu relatório para votação. O deputado, entretanto, já indicou que o parecer poderá ser apresentado na quarta ou na quinta-feira.