A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,51% em abril, após subir 0,43% em março. O resultado, divulgado nesta quarta-feira, 20, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 0,38% e 0,58%, com mediana de 0,47%.
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Com o resultado anunciado nesta quarta, o IPCA-15 acumula aumento de 3,32% no ano. Já a taxa acumulada em 12 meses até abril foi de 9,34%.
Alimentação e Bebidas
Entre os grupos do IPCA, o grupo Alimentação e Bebidas acelerou o ritmo de alta de preços de 0,77% em março para 1,35% em abril, dentro do IPCA-15, informou o IBGE.
Os alimentos contribuíram com 0,34 pontos porcentuais para a inflação do mês, respondendo por 67% da taxa de 0,51% do IPCA-15 de abril. Na região metropolitana de Belo Horizonte, a alta nos preços dos alimentos chegou a 2,12%. Em Belém, o aumento foi de 1,94%.
O item frutas ficou 8,52% mais caro em abril, maior contribuição individual para o IPCA-15, de 0,09 ponto porcentual.
Outros aumentos relevantes foram o açaí (11,80%), cenoura (8,77%), leite(5,76%), hortaliças (5,02%), batata-inglesa (4,80%) e feijão carioca (4,19%). Na direção oposta, houve redução nos preços do tomate (-8,63%) e da cebola (-3,35%).
Energia elétrica
A tarifa de energia elétrica ficou 2,86% mais barata em abril, dentro do IPCA-15. O item exerceu o mais expressivo impacto negativo sobre a inflação do mês, o equivalente a -0,11 ponto porcentual.
O movimento é resultado do fim da cobrança extra da bandeira tarifária sobre as contas de luz. Desde 1º de abril, deixou de ser cobrado o valor de R$ 1,50 por cada 100 quilowatts-hora consumidos, referente à bandeira amarela.
As contas de energia elétrica ficaram mais baratas em todas as regiões pesquisadas, especialmente em Salvador (-6,63%). Em algumas regiões, inclusive em Salvador, houve ainda queda no valor das alíquotas do PIS/Cofins.