Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alcançaram R$ 18,1 bilhões nos três primeiros meses deste ano, com queda de 46% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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No primeiro trimestre de 2015, os recursos liberados pela instituição somaram R$ 33,3 bilhões, valor inferior em 24% ao registrado no acumulado janeiro/março de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses, os desembolsos atingiram R$ 120,75 bilhões, também com recuo de 32%. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (26).
A queda registrada em 2015 sobre 2014 refletiu os ajustes da nova política operacional do banco, que reduziu sua participação nos financiamentos para abrir espaço para o mercado de capitais nos empréstimos de longo prazo.
De acordo com o BNDES, as consultas por novos financiamentos, que representam a primeira etapa de um pedido ao banco, totalizaram, no primeiro trimestre deste ano, R$ 23,5 bilhões, com redução de 7% na comparação trimestral com 2015, embora revelando um ritmo menor de desaceleração. Nos três primeiros meses do ano passado, as consultas caíram 47% ante igual período de 2014.
O mesmo ocorreu em relação aos enquadramentos, fase posterior à consulta, quando é feita a análise de crédito e do mérito do pedido, que atingiram R$ 22,7 bilhões, com queda de 4%. No primeiro trimestre do ano passado (R$ 23,6 bilhões), a retração observada nos enquadramentos foi de 35,5% sobre igual período de 2014.
Acompanhando a tendência de queda, as aprovações de novos financiamentos (R$ 13,5 bilhões) mostraram redução de 37% nos três primeiros meses de 2016. Em 2015, no primeiro trimestre, as aprovações alcançaram R$ 21 bilhões, com recuo de 46%.
Segundo a assessoria de imprensa do banco, o menor ritmo de desaceleração observado no acumulado até março de 2016, em relação ao ano anterior, se deve ao comportamento da indústria, cujas consultas (R$ 8,1 bilhões) cresceram 77%. O mesmo ocorreu com os enquadramentos de pedidos de financiamento industriais, também no montante de R$ 8,1 bilhões, que subiram 84%, puxados pelo segmento material de transporte.
As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) responderam por 39% dos desembolsos totais do banco até março deste ano, somando R$ 7,04 bilhões. Somente para microempresas, foram liberados R$ 3,7 bilhões, equivalente a 21% dos desembolsos totais. Conforme a assessoria do BNDES, os resultados acompanham o processo de descentralização do crédito concedido pelo banco.
Para projetos da chamada “Economia Verde”, que englobam eficiência energética, energias renováveis, gestão de água, melhorias agrícolas, adaptação a mudanças climáticas, reflorestamento, entre outros, foram desembolsados no trimestre R$ 3,5 bilhões.
Por regiões do país, o Sudeste seguiu liderando as liberações (R$ 7,72 bilhões), com fatia de 42,8% do total desembolsado.