O dólar abriu em queda e bateu uma sequência de mínimas na última meia hora desta terça-feira (10). O movimento é uma reação ao noticiário político menos turvo que o de segunda-feira (9), e também ao exterior, onde o petróleo ganha força.
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O cenário político ficou menos incerto depois da revogação por Waldir Maranhão (PP-MA) de seu próprio ato suspendendo as sessões que aprovaram o afastamento da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados e diante da firmeza de Renan Calheiros, presidente do Senado, que anunciou na segunda mesmo a votação dos senadores para a quarta-feira, 11.
Às 9h43, o dólar à vista recuava 1,02% e era cotado a R$ 3,4878 em um dia sem previsão de leilão de swap cambial reverso pelo Banco Central. O dólar futuro (contrato para junho) caía 0,88% e marcava R$ 3,5090.
Em Nova York e em Londres, o petróleo segue em valorização. Na Nymex, o WTI subia 0,94% depois de oscilar mais cedo. Na ICE, o Brent avançava 1,90%.
No exterior, a divisa norte-americana ganha força em relação a algumas moedas fortes e emergentes, como o euro e a lira turca, e cai em comparação a pares como peso mexicano. O dólar também ganha valor em relação ao iene, após o ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, afirmar que poderá intervir no câmbio se o iene mantiver a recente tendência de forte valorização.
Na Europa, o prejuízo menor que o esperado do gigante do setor financeiro Credit Suisse ajuda no fôlego ao mercado de ações. Papéis do setor financeiro lideram a valorização da manhã em algumas bolsas, especialmente a de Zurique.
Também há otimismo com os dados sobre preços ao consumidor e ao atacado na China, o que ameniza as preocupações de queda acentuada na demanda doméstica naquele país. Em abril, a inflação anual ao consumidor subiu 2,3%, em linha com a previsão dos analistas. Ao mesmo tempo, a deflação no atacado desacelerou de -4,3% para -3,4% na comparação anual.