CONTAS

Volume de dívidas em atraso cresce 6,09% em abril, dizem SPC e CNDL

Abertura do indicador de dívidas em atraso por setor da economia revela que o brasileiro tem enfrentado dificuldades para pagar até contas básicas

Estadão Conteúdo
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Publicado em 11/05/2016 às 11:04
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Abertura do indicador de dívidas em atraso por setor da economia revela que o brasileiro tem enfrentado dificuldades para pagar até contas básicas - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Além do aumento na quantidade de devedores, também houve alta na quantidade de dívidas registradas nos cadastros de inadimplentes em abril, segundo o SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Considerando as quatro regiões analisadas, a variação positiva foi de 6,09% na comparação com abril do ano passado e de 1,12% em relação a março, sem ajuste sazonal.

A abertura do indicador de dívidas em atraso por setor da economia revela que o brasileiro tem enfrentado dificuldades para pagar até contas básicas. O maior avanço no número de dívidas foi causado por atrasos de no pagamento de serviços como água e luz, com alta de 16,68% na base anual de comparação. 

"Além das dificuldades para custear despesas básicas, o resultado também reflete a disposição crescente dessas concessionárias em negativar os consumidores inadimplentes, como forma de acelerar o recebimento dos compromissos em atraso. Tem se tornado mais comum que essas empresas negativem o CPF do residente antes de realizar o corte no fornecimento", afirma a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti. 

Em segundo lugar, destaca-se o crescimento de 5,34% das dívidas bancárias, que englobam atrasos no cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros, seguido pelo comércio (4,64%) e pelo setor de comunicação, que leva em consideração o não pagamento das contas de telefonia, internet e TV por assinatura. 

"Ainda que o crescimento das dívidas no setor de contas de água e luz seja o principal destaque do mês de abril, as dívidas com os bancos são as que concentram, proporcionalmente, o maior número de pendências, com participação de 41,59% no total de dívidas em atraso das quatro regiões, seguido do comércio, com 24,20%", explica Marcela.

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