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Construção Civil foi o setor que mais demitiu durante crise

Pesquisa da empresa de classificados online Catho levantou áreas que dispensaram mais trabalhadores nos últimos dois anos; construção ocupa topo da lista

JC Online
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Publicado em 12/05/2016 às 13:52
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Pesquisa da empresa de classificados online Catho levantou áreas que dispensaram mais trabalhadores nos últimos dois anos; construção ocupa topo da lista - FOTO: Foto: Internet/Reprodução
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Quem ainda tiver um emprego para chamar de seu, que segure. De acordo com com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já são 11,1 milhões de pessoas desempregadas no Brasil, o equivalente a 10,9% da população. E alguns setores do mercado de trabalho estão se retraindo com força muito maior que outros.

Atualmente, os campeões disparados são a construção civil e o comércio varejista, que ao longo dos últimos dois anos, com o acirramento da crise econômica, fecharam, respectivamente, 435.268 e 74.986 vagas em todo o país. Levantamento foi realizado pela empresa de classificados de empregos online Catho com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Localmente, os dados nas mesmas áreas também não são animadores. Quando o assunto é construção, Pernambuco foi um dos que sofreram mais nos últimos dois anos, muito acima da média nacional, eliminando um total de 55.256 postos de trabalho no mesmo período. Na opinião do economista da Federação do Comércio Varejista de Pernambuco (Fecomércio-PE) Rafael Ramos, a desaceleração aconteceu por dois fatores.

“O primeiro deles foi a finalização de obras grandiosas no Estado, como a construção da fábrica de automóveis da Fiat”, opina. Além disso, a diminuição do repasse de verba do governo federal para os Estados impactou na continuidade de outros empreendimentos, principalmente em Suape e Ipojuca, gerando uma grande quantidade de demissões.

Do lado privado, empresas também deixaram de investir na construção de novos empreendimentos imobiliários, principalmente os residenciais, graças à dificuldade maior na tomada de crédito por parte dos consumidores. “Aumentaram as dificuldades de financiamento e os juros são muito maiores. Então um edifício lançado acaba não tendo tanta procura por compra”, completa.

No que diz respeito ao comércio, o quadro é parecido em todo o País. Com a renda corroída pela inflação e altos índices de desemprego, as pessoas perdem a confiança e deixam de comprar. “Acontece sobretudo nos setores com demanda do uso do crédito, como venda de veículos, móveis e eletrodomésticos, vestuário, informática, entre outros”, opina Ramos. Entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015, Pernambuco fechou 6.421 oportunidades no comércio varejista. As demissões no setor são uma forma de o empresário reduzir custos e tentar recuperar margens de lucro de seus negócios ou, pelo menos, diminuir o prejuízo.

Além da construção e do comércio, outros oito setores tiveram resultados negativos de grande porte em todo o Brasil. São eles a confecção de peças de vestuário, os serviços de engenharia, a venda de veículos e fabricação de peças e acessórios para carros, agricultura, montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas, fabricação de açúcar, entre outros.

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