O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a dizer que há possibilidade de aumento de impostos, embora, segundo ele, se trabalhe para evitar esse recurso, e confirmou estudos para mudança nas regras da Previdência. Em entrevista na noite de domingo (15), ao programa Fantástico, da TV Globo, o ministro respondeu a perguntas de populares sobre temas como desemprego, inflação, impostos e aposentadoria.
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Ao tratar da questão da previdência, Meirelles disse que uma parte importante do problema atual é a previdência e que é preciso debater o tema com a opinião pública. Ao ser perguntado sobre quanto tempo mais será preciso trabalhar para se aposentar disse que "Começamos sábado (14) a noite a fazer as contas."
Diante do cenário de atividade fraca, Meirelles explicou que o ideal seria diminuir impostos, mas justificou que no momento o governo está arrecadando muito menos do que está gastando. "Pode ser até, eu não estou dizendo que isso vai acontecer, que tenha temporariamente um aumento de impostos", considerou. Sobre a CPMF, o ministro negou que haja uma decisão sobre a proposta no Congresso que prevê a volta do chamado imposto do cheque.
Ao responder sobre o aumento do desemprego, o ministro disse que é preciso fazer com que a economia volte a andar e, para isso, é necessário que sejam tomadas medidas "fortes". "Temos que fazer com que de novo a produção aumente, as vendas aumentem, em função disso as empresas contratem as pessoas. Todos temos pressa, mas para isso nós precisamos tomar medidas fortes, medidas que de fato façam efeito", afirmou, citando que nas finanças públicas é preciso rever questões como aumento de despesa por aumentos de salários.
Sobre inflação, Meirelles Disse que a redução de gastos do governo dará contribuição para o controle dos preços. Citou também que o novo governo está cortando gastos na 'própria carne' ao reduzir número de ministérios. Perguntado ainda sobre a intenção de disputar a Presidência em 2018, Meirelles negou. "Eu sou candidato a conseguir fazer um bom trabalho hoje aqui no Ministério da Fazenda."