A declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que a alteração na Previdência deve afetar trabalhadores na ativa foi criticada pela Central Única de Trabalhadores (CUT). Para João Cayres, diretor nacional da entidade e secretário-geral da CUT/SP, alterações na Previdência para trabalhadores na ativa são uma quebra de contrato. "Não vamos aceitar isso, mexer com as pessoas que já estão no mercado de trabalho é mudar a regra no meio do jogo."
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A CUT também não concorda com a ideia de fixar a idade mínima. "Essa mudança é uma injustiça e vai prejudicar principalmente as pessoas mais pobres, porque elas geralmente começam a trabalhar mais cedo", diz o secretário-geral da CUT/SP.
Na segunda-feira (16), o presidente em exercício, Michel Temer, convocou centrais sindicais para discutir a reforma da Previdência. A CUT decidiu não participar da reunião. "Não queremos negociar com um governo que consideramos ilegítimo e golpista, a Previdência está na nossa agenda de lutas junto com a questão do impeachment", disse Cayres.
Para ele, a existência do rombo na Previdência é discutível. "O assunto precisa ser tratado com mais transparência para termos certeza de que há o rombo. Se existir, a solução talvez seja fazer uma reforma tributária em que as pessoas mais abastadas contribuam mais e compensem a Previdência." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.