Os acionistas da BM&FBovespa aprovaram no período da tarde desta sexta-feira (20) a fusão com a Cetip. Estavam presentes cerca de 71% do quadro de acionistas, mais do que os dois terços necessários, conforme a legislação vigente. Mais cedo os acionistas da Cetip também aprovaram a combinação das atividades e acaba de ser dado mais um passo importante para a transação, que agora depende da aprovação dos órgãos reguladores.
A AGE da Bolsa foi liderada por Pedro Parente, presidente do Conselho de Administração da companhia, anunciado ontem como novo presidente da Petrobras.
O pagamento a ser realizado aos acionistas da Cetip ocorrerá, assim, após o aval de Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central (BC) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ao todo, a operação custará à BM&FBovespa R$ 12 bilhões, sendo que aproximadamente R$ 8 bilhões do pagamento aos acionistas da Cetip será feito em dinheiro e o restante em ações A companhia já afirmou na semana passada que sua estrutura de financiamento para a operação está praticamente pronta.
Leia Também
A Bolsa, dessa forma, já contratou linhas de financiamentos 'stand-by' com um consórcio de bancos de R$ 2,5 bilhões, mas a intenção é não utilizá-la, mas sim acessar o mercado de capitais para uma captação definitiva e mais estruturada, mais perto da data da liquidação da operação - o que só ocorrerá após todas as aprovações regulatórias citadas.
A maior parte do valor necessário para pagar a transação já está no caixa da empresa e foi obtido após a venda integral da participação que a BM&FBovespa detinha na bolsa de Chicago, a CME. Com isso, já estão garantidos cerca de R$ 5,5 bilhões. Outro montante entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão virá da geração de caixa até a liquidação.