O Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M) teve alta de 0,19% em maio, taxa inferior ao aumento registrado em abril (0,41%). No acumulado do ano, o índice apresentou variação de 2,25% e, nos últimos 12 meses, 6,77%.
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O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostra reduções no ritmo de aumento tanto em materiais, equipamentos e serviços (de 0,29% para 0,04%) quanto em mão de obra (de 0,52% para 0,32%). Das sete capitais pesquisadas, o índice aumentou em duas, caiu em outras duas e em três capitais, a intensidade de alta diminuiu.
Em Brasília, o INCC-M passou de 0,06% para -0,21%; em Belo Horizonte (de 0,96% para -0,07%); em Salvador (de 2,23% para 1,72%); no Recife (de 0,13% para 0,12%); em Porto Alegre (de 0,54% para 0,15%); e as altas foram observadas no Rio de Janeiro (de 0,04% para 0,05%); e em São Paulo (de 0,04% para 0,07%).
Confiança dos empresários
Já o índice que mede a confiança dos empresários do setor de construção, o Índice de Confiança da Construção (ICST), aumentou 2,1 pontos em maio, ao atingir 69,1 pontos. Trata-se da melhor marca desde dezembro de 2015 (69,4 pontos). Em relação à média móvel trimestral de abril, o resultado teve um acréscimo de 0,8 ponto na margem, interrompendo a sequência de 29 quedas seguidas desde dezembro de 2013.
Essa elevação reflete melhora das expectativas de curto prazo. O Índice de Expectativas (IE-CST) cresceu 5,7 pontos, alcançando 77,9 pontos, no maior avanço desde junho de 2015 (78,1 pontos). Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST), recuou 1,5 ponto, alcançando novo piso histórico de 60,9 pontos.
"Os empresários tornaram-se menos pessimistas quanto ao futuro próximo, embora a atividade continue em declínio. No entanto, se o investimento em infraestrutura e no mercado habitacional não voltar a se expandir, o indicador de expectativas não deve sustentar a melhora dos últimos meses”, justificou por meio de nota, a economista Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Ibre/FGV.
Ela observou que “em todos os segmentos cresceu a percepção de que o ritmo de queda da demanda deve desacelerar no curto prazo, alimentando a confiança empresarial”. Apesar disso, a economista acredita que “ as dificuldades do atual cenário econômico e político sugerem que é um tempo muito curto para que, de fato, ocorra esta reversão”.